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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Aperto

E lá os fui levar, a eles e à tia, à estação do Oriente (não há nada mais triste que uma estação de comboios, a ideia do comboio a partir, a pessoa a acenar e a ver quem parte desaparecer no horizonte, uiiii).
Eles estão contentes por ir, claro, a atenção dos tios só para eles, uma cidade nova para conhecerem, três dias de férias de pais para desanuviar. Eu também preciso muito de trabalhar, e com eles de férias fica impossível. Mas, ainda assim, de cada vez que me abraçavam o meu coração ficava mais pequenino. Saí dali com os olhos cheios de uma aguazinha triste. E, depois, como se não bastasse, a minha irmã ligou-me a dizer que tinha os documentos do meu carro no bolso. Conclusão: tive de lá voltar. Mais abraços, mais beijinhos, mais «gosto de ti». Aiiiiiiiii, que maricas! A verdade é que me custa mais quando são eles a ir do que quando sou eu. Porque quando sou eu eles ficam no seu ninho, no seu conforto, na sua vida igual à de todos os dias. Parece que nada lhes pode acontecer (é estúpido, eu sei) porque estão no seu habitat natural. Agora... quando são eles a ir... a gente imagina perigos escondidos, como se fossem para a selva ou assim. E não vão. E eu confio muito na minha irmã e no meu cunhado. Mas sou mãe, o que hei-de fazer? Vem com o pacote. Agora vou trabalhar, em apneia, até que o telefone toque e sejam eles a dizer que chegaram bem. Depois respiro.

Preservar ou não preservar, eis a questão

Perguntava-me uma querida prima grávida, no outro dia, se havia fazer a preservação do sangue do cordão umbilical do bebé ou não, se eu o tinha feito ou não. Fiz. Do Manel não, que ainda não havia, mas do Martim e da Madalena sim. Há médicos que garantem que é tudo uma fantochada, uma verdadeira burla, que é coisa que não serve para nada. As empresas de criopreservação, por seu lado, juram a pés juntos que há muita doença que pode ser curada pelo recurso àquele material, e mostram exemplos, e fazem uma espécie de chantagem emocional nas campanhas publicitárias, do tipo: se és boa mãe faz isto, caso contrário és um monstro que não se preocupa minimamente com o futuro dos teus filhos, e devias era ser excomungada e era já.
O que eu sei é que a Medicina avança a uma velocidade estonteante e que o que os médicos garantem não ser possível hoje, aquilo que consideram ficção científica hoje pode ser uma realidade banal amanhã. O que eu sei é que não quero confrontar-me com uma doença terrível de algum dos meus filhos e pensar: «Se eu tivesse feito aquilo... se eu tivesse gasto mil euros... agora salvava a pessoa mais importante da minha vida».
Por isso, sim, fiz a criopreservação (na Criostaminal) e desejo ardentemente nunca vir a precisar daquilo para nada. Ou seja, espero que aquele dinheiro tenha sido deitado fora, e que nunca mas mesmo nunca venha a ter utilidade nenhuma. Terá sido o dinheiro mais bem desperciçado da minha vida.

Magnum

É o meu gelado preferido. Magnum com amêndoas ou double caramel. Só não aprecio o branco porque não gosto de chocolate branco. Mas, de resto, acho o Magnum uma obra de arte, coisa boa e pecaminosa, que dá prazer instantâneo mas que depois é um cabo dos trabalhos para remover das ancas.
Ora, se eu já gostava do gelado, agora fiquei ainda mais rendida à marca. Porque eles fizeram das coisas mais fabulosas que eu já vi nas minhas viagens pela net. Ora vejam lá isto (e oiçam).