Mãe do Ruca, tu ajuda-me, tu inspira-me, tu agarra-me!
A Mada hoje recusou-se a dormir. Nem a meio da manhã, nem depois do almoço, nunca. De maneira que agora está altamente inflamável, aos gritos e aos apitos, com direito a atirar-se para o chão e a derrubar os livros da estante. Eu, que sempre fiquei possuída com putos malcriados, mordo o lábio para não lhe dar uma palmada, tento ter compreensão porque ela, coitada, está doente, mas sinto o sangue a ferver-me nas veias como se fosse água ao lume. Ainda assim, com compreensão e tudo, já mandei três berros que se devem ter ouvido no outro lado da rua, e já tive de responder ao Martim que sim, vamos encontrar-nos todos no céu quando morrermos e não, se apagarmos as luzes e dissermos "Maria sanguínea" ou "Maria espetada" (não perguntem) na casa de banho ela (a sanguínea) não nos vai aparecer no espelho.
E a dor de cabeça que não me larga? Isto da idade é triste. Antes nunca tinha dores de cabeça naquelas alturas do mês, hoje é certinho como o Natal ser a 25.
E o meu gajo no basquete. E eu com os bofes de fora. E agora, se me dão licença, vou ali respirar fundo e tentar ser paciente e queriducha com pequena Mada, apesar de ter os meus Cds todos no chão. Ó mãe do Ruca, se me vês e ouves dá-me uma ajuda, inspira-me, faz-me ser melhor, tu que és perfeita e calma e deves ter o bucho cheio de lexotans. Grata.
E a dor de cabeça que não me larga? Isto da idade é triste. Antes nunca tinha dores de cabeça naquelas alturas do mês, hoje é certinho como o Natal ser a 25.
E o meu gajo no basquete. E eu com os bofes de fora. E agora, se me dão licença, vou ali respirar fundo e tentar ser paciente e queriducha com pequena Mada, apesar de ter os meus Cds todos no chão. Ó mãe do Ruca, se me vês e ouves dá-me uma ajuda, inspira-me, faz-me ser melhor, tu que és perfeita e calma e deves ter o bucho cheio de lexotans. Grata.