Jardim Zoológico maravilha
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Foi mesmo bom começar assim o sábado. O Jardim Zoológico de hoje não tem mesmo nada a ver com o Zoo dos meus tempos de miúda. Os bichos tinham um ar magro e deprimido, andavam de um lado para o outro em jaulas sufocantes, prisioneiros sem outra culpa que a de serem selvagens. Hoje têm espaço, árvores, troncos onde se divertem, plataformas de madeira em cima das árvores para descansarem, piscinas com água, ninhos que parecem mesmo naturais. E tudo é pensado para eles. Há até um bicho, chamado Okapi, que ouve música clássica para estar calminho.
Sábados Selvagens é um programa mesmo giro, que inclui uma visita guiada que faz toda a diferença. Não conheço os outros educadores mas o Tiago Carrilho foi absolutamente fantástico. Quando se gosta do que se faz nota-se bem a diferença. Os olhos do Tiago brilhavam a falar de cada bicho e contou coisas mesmo interessantes. Ficámos a saber que os tigres podem saltar 10 metros. Que o nome do canguru não é mais que um equívoco - o navegador inglês James Cook chegou à Austrália e, observando aqueles bichos, perguntou aos indígenas: «Como se chamam?» E eles responderam: «Hanguru». Que queria dizer «Não percebemos puto do que estás para aí a dizer». E pronto. James Cook pensou que aqueles bichos saltitões e de filhotes nas bolsas se chamavam cangurus.
Ficámos a saber que os chimpazés têm 98% do código genético igual ao nosso. E que lémure quer dizer fantasma em malgaxe (a língua que se fala em Madagascar), porque os bichos de noite ficam com os olhos vermelhos e parecem mesmo fantasmas. E que girafa quer dizer «o animal mais alto» numa língua qualquer e que, tal como aconteceu com o canguru, assim ficou baptizada. E que muitos animais que ali estão andam a aprender a viver na vida selvagem, porque é justamente para lá que vão. Sim, porque o Jardim Zoológico também está preocupado com a extinção de algumas espécies e sua reintrodução na natureza. E já reintroduziram muitos animais na vida selvagem. Tanta coisa... tive pena de não ter escrito tudo o que ele disse, com aquela paixão de quem ama mesmo o que faz. Assim vale mesmo a pena ter uma visita guiada.
Por fim, fomos aos bastidores da baía dos golfinhos. Tocámos-lhes, demos festas, eles deram beijinhos. E um leão marinho deu uma grande beijoca ao Ricardo, que ficou com a cara a cheirar a peixe.
Começar o fim-de-semana com os Sábados Selvagens, ainda por cima com um sol primaveril como o de hoje, não é bom. É perfeito.
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Foi mesmo bom começar assim o sábado. O Jardim Zoológico de hoje não tem mesmo nada a ver com o Zoo dos meus tempos de miúda. Os bichos tinham um ar magro e deprimido, andavam de um lado para o outro em jaulas sufocantes, prisioneiros sem outra culpa que a de serem selvagens. Hoje têm espaço, árvores, troncos onde se divertem, plataformas de madeira em cima das árvores para descansarem, piscinas com água, ninhos que parecem mesmo naturais. E tudo é pensado para eles. Há até um bicho, chamado Okapi, que ouve música clássica para estar calminho.
Sábados Selvagens é um programa mesmo giro, que inclui uma visita guiada que faz toda a diferença. Não conheço os outros educadores mas o Tiago Carrilho foi absolutamente fantástico. Quando se gosta do que se faz nota-se bem a diferença. Os olhos do Tiago brilhavam a falar de cada bicho e contou coisas mesmo interessantes. Ficámos a saber que os tigres podem saltar 10 metros. Que o nome do canguru não é mais que um equívoco - o navegador inglês James Cook chegou à Austrália e, observando aqueles bichos, perguntou aos indígenas: «Como se chamam?» E eles responderam: «Hanguru». Que queria dizer «Não percebemos puto do que estás para aí a dizer». E pronto. James Cook pensou que aqueles bichos saltitões e de filhotes nas bolsas se chamavam cangurus.
Ficámos a saber que os chimpazés têm 98% do código genético igual ao nosso. E que lémure quer dizer fantasma em malgaxe (a língua que se fala em Madagascar), porque os bichos de noite ficam com os olhos vermelhos e parecem mesmo fantasmas. E que girafa quer dizer «o animal mais alto» numa língua qualquer e que, tal como aconteceu com o canguru, assim ficou baptizada. E que muitos animais que ali estão andam a aprender a viver na vida selvagem, porque é justamente para lá que vão. Sim, porque o Jardim Zoológico também está preocupado com a extinção de algumas espécies e sua reintrodução na natureza. E já reintroduziram muitos animais na vida selvagem. Tanta coisa... tive pena de não ter escrito tudo o que ele disse, com aquela paixão de quem ama mesmo o que faz. Assim vale mesmo a pena ter uma visita guiada.
Por fim, fomos aos bastidores da baía dos golfinhos. Tocámos-lhes, demos festas, eles deram beijinhos. E um leão marinho deu uma grande beijoca ao Ricardo, que ficou com a cara a cheirar a peixe.
Começar o fim-de-semana com os Sábados Selvagens, ainda por cima com um sol primaveril como o de hoje, não é bom. É perfeito.