A Notícias Magazine (revista do DN e do JN) traz uma reportagem sobre mulheres que praticam desportos de combate. Elas parecem frágeis e são femininas e usam sapatos de salto alto. Mas são capazes de dominar um grupo de bandalhos enquanto o diabo esfrega um olho. Elas parecem não partir um prato mas são meninas para partir os ossos todos a quem se meta com elas. As fotos são do Goncalo Fernandes Santos. A não perder.
Imaginem uma família com filhos adoptados. Quando os adoptaram, eles já tinham os seus nomes no registo. Uma era Maria, o outro era o Pedro, a outra a Madalena. Mas havia um que se chamava Eleutério. A família, embaraçada, não levava o Eleutério à rua. Não o deixava participar nas festas. Escondia-o no armário. O Eleutério até era bom rapaz. Até fazia bem os trabalhos de casa. Até era bom aluno. Mas, pronto. Chamava-se Eleutério, enquanto os irmãos eram a Maria, o Pedro e a Madalena. A sua má sorte começou no nome. E a sua ligação à família nunca foi a mesma.
Este pequeno texto é uma metáfora. Mas é assim que algumas coisas se passam, metaforicamente falando. E eu sou pessoa que não fica contente com as injustiças.