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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Contra a exclusão

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O Martim tem uns dragões com que gosta muito de brincar. No outro dia partiu uma asa a um, sem querer. Veio, de beiço estendido, mostrar o bicho manco de asa. E eu, apostando sempre numa educação inclusiva, enalteci o dragão desasado, disse que era lindo, só com uma asa, diferente dos outros e especial, por isso mesmo.
Não resultou. O Martim, sempre que brinca com os dragões, põe de lado o dragão deficiente. E isso é triste. E eu vou combater a exclusão aqui em casa de todas as formas possíveis. Porque hoje é um dragão de plástico e amanhã pode ser uma pessoa de carne e osso. Macacos me mordam (ou dragões, vá) se eu não faço destes dois rapazes dois bons homens, e dela uma mulher como deve de ser!

Arroz tecnológico

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Não é arroz doce. Não é arroz árabe. Não é arroz de manteiga. É arroz de telemóvel. Ele lá está, submerso, em coma. A ver se acorda para a vida, depois desta imersão.
Obrigada pela dica do arroz. Ah, e uma nota aos meus amigos: mandem-me por email os vossos números de telefone. É que eu já recuperei o cartão - funciona. Mas os contactos estavam mesmo na memória do telemóvel. E esses não sei se alguma vez recuperarei.

Sarjeta

Eu não queria acreditar. Fiquei a olhar para o chão e só balbuciava "ah... ah... oh... oh... ah...". Ainda agora, quando penso nisso, tenho dificuldade em acreditar.
Hoje tinha duas entrevistas, uma na Lapa e a outra em Alcântara. Como os meus sogros vivem na Lapa, fui lá deixar a Madalena. O plano era ir dar de mamar, entre uma entrevista e outra, e assim foi. Só não esperava a peripécia que me aconteceu assim que estacionei o carro. Tinha a mala no chão do carro, ao lado do lugar do condutor. Abri a porta para tirar a Madalena e a mala quando o meu telemóvel escorregou da mala para fora e foi aterrar, directamente, dentro de uma sarjeta que estava debaixo do meu carro. Fez Ploc e desapareceu numa água preta muito nojenta.Fiquei de boca muito aberta, olhos esbugalhados. Queria fazer rewind, queria apanhá-lo, não queria acreditar. "Ah... ah... oh... oh..."
Cheguei à minha sogra desvairada. O telemóvel não é meu (é da empresa) e, além disso, tinha lá dentro muitos contactos que não tenho em mais lado nenhum (e fotografias e mensagens... aiiiiii). A minha sogra ligou ao meu sogro, que veio com um homem das obras levantar a grade e, com o braço forrado com um saco de plástico, removeu (depois de retirar muitas porcarias) o meu telemóvel, em estado crítico. Creio que, se não morreu, está em coma.
Secámo-lo com um secador, embrulhámo-lo numa toalha, fizemos uma pequena oração. E ainda não o liguei porque prefiro prolongar mais um pouco a confirmação de que o pobre coitado faleceu e levou com ele, para o outro mundo, muitos contactos importantes.
Enfim. Ele há coisas que, realmente, só a mim. E ainda não chegámos a quinta-feira.

A gerência agradece

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Esta quinta-feira que vem é dia. Ou melhor, é noite de o meu homem ter trabalho até às tantas, jantarucho com os coleguinhas e clientes e o diabo a nove. Das duas últimas vezes que ele teve de se ausentar eu tive dose de cavalo. Na primeira foi o Martim a vomitar como se fosse o exorcista, a Madalena aos gritos e mais o jantar do outro e o catatau. Da segunda foi o Martim a guinchar com dores no ouvido. Conclusão: tive de pedir à prima Cris para vir tomar conta do Manel e da Madalena para ir com o Tim ao hospital e o desgraçado tinha mesmo uma otite com perfuração do tímpano. Enfim, temo pela chegada da próxima quinta.
Pelo sim pelo não, fica esta pulseirinha que pode muito bem servir como compensação por quaisquer perdas e danos. E pode evitar trombas que duram aproximadamente uma semana. Pode ser adquirida na Ourivesaria Rosa d'Ouro, na Rua da Lapa, 23 B, 21 390 07 72. Muito grata.

Amanhã, sábado

Recomendo que comprem a revista Nós, do jornal i. Amanhã será Nós Resistentes. Não é por ter vários textos meus. É porque entrevistei a Maria Manuel Cyrne e me encantei por ela. E porque foram vocês, leitores amigos do Cocó, que me lembraram dela e da sua luta de 27 anos contra a infertilidade. Muito e muito obrigada pela dica! Conheci uma mulher maravilhosa, um exemplo de perseverança e garra e resistência e amor. Todas as pessoas deviam poder ouvi-la falar da fúria com que combateu a infertilidade. Mas, em não podendo ouvi-la, recomendo que leiam. A sua força está lá. Espero eu...
Grande mulher, Maria Manuel.
Acho que pode bem ser um sinal de esperança a todos os que se debatem com esse drama.

Ontem

Ontem fez um ano que soube que estava grávida.
Ontem fez um ano que vi aquele tracinho num teste, outra vez.
Ontem fez um ano que começaste a fazer parte da minha vida, da nossa vida.
Já existes, entre nós, há um ano, Madalena. E gostamos todos muito de ti... bom, todos menos um, mas vais ver que ele acaba a amar-te de paixão. Faz-se de difícil, mas esses são os melhores!
Quanto a mim... estou cada dia mais apaixonada. Podias babar-te um bocadinho menos, mas pronto. Já não choras tanto, já é um bom princípio. E és tãooooo linda!

Berlim

Não. Não vou para Berlim. Não fui a Berlim. Não vou desfilar um rol de coisas maravilhosas que vi em Berlim, para atiçar invejas. Cruz credo. Não. Mas precisava de saber se há por aí alguém, que leia o Cocó, que viva em Berlim. Não é para mim. É para uma amiga jornalista, seríssima, e boa jornalista, e minha amiga, e tudo e tudo e tudo. Há por aí alguém? Se sim, levante o braço! (sonia.morais.santos@gmail.com)

Eu volto, eu volto

Vocês são muito queridos e merecem tudo.
Mesmo.
Caramba.
Ainda estou a bater mal com tamanha onda de "vá lá, volta".
Obrigada.
Eu volto.
:)


P.S: O comentário da Elisabete Martins tocou-me particularmente. Só de imaginar que uma tragédia como a que lhe aconteceu a ela poderia acontecer-me a mim fico com o coração apertado. E comove-me que o meu singelo blogue possa aliviar-lhe tamanha dor. Honestamente. Obrigada. Eu volto.

Rendo-me ao ódio

Amigos da blogosfera:
Tenho escrito sobre a minha vida, aqui. Exponho-me demais, dizem-me alguns. Eu nunca liguei a isso. Porque me dava gozo o desabafo, o despejar das minhas coisas, a partilha. Mas de repente apareceu por aí gente carregada de ódio. Mas ódio a sério. E eu senti-me incomodada. Mesmo. Pela primeira vez, ter um blogue incomodou-me, deu-me desconforto. Ora, não foi para isso que o criei. De modo que, lamento, mas vou ficar por aqui. Não digo que jamais voltarei. Mas, para já, até me lembrar da gente odiosa que comentou coisas inusitadas e más, de uma fúria disparatada que não tem sentido (alguns desses comentários censurei porque o blogue é meu e porque não quero que me agridam na minha casa), enquanto me lembrar que é, também, essa gente que me lê e que conhece a minha vida, e que sabe detalhes dos meus filhos... enquanto isso acontecer não volto.
Obrigada a todos os que gostaram deste cantinho. Obrigada a todos quantos comentaram, ao longo destes quase dois anos. Talvez isto me passe. Ou então não. Tenham, entretanto, umas muito boas vidas. Como dizia o saudoso Raul Solnado: façam o favor de ser felizes. Eu vou continuar a ser. Podem crer que vou. :)

P.S: Acreditam que depois de escrever este post fui ver os comentários ainda não moderados e estava lá uma taradinha que disse que ia criar um blogue para dizer mal do meu blogue? A sério, dá medo. É gente que não está bem, e eu temo quem tem tamanha descompensação. Temo pelos meus filhos, que nunca pediram um blogue. Beijos, mais uma vez, aos outros. Aos sãos.

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