Para já, estou safa de dois voos
Depois de engolir em seco várias vezes, de me despedir dos meus filhos enquanto dormiam, e de abraçar muito o meu homem, toda mariquinhas, saí para o aeroporto, e cheguei lá às 6.30 da manhã. O grupo é muito giro, crianças entre os 7 e os 11 anos, com doenças diversas mas graves, que vão agora realizar o sonho de ir à Terra do Pai Natal. A iniciativa é da belíssima associação Terra dos Sonhos, que existe para cumprir os desejos das crianças que, se Deus existisse, não podiam estar tão doentes (vá, escrevam a chamar-me herege nojenta, a ver se eu me ralo. A verdade pura e crua é esta: que Deus pode ser esse que deixa meninos e meninas sem cabelo, pestanas e sobrancelhas, que Deus é esse que os obriga a ter cateteres e queimaduras no corpo dos tratamentos, que Deus é esse que tantas vezes os deixa morrer?).
Depois de 4 horas de um primeiro voo, mais uma hora e tal de um segundo voo, estou para já safa de me estatelar de avião. Quinta-feira é o regresso e a ver vamos (mas a continuar a maldizer Deus, acho que estou mesmo a pedi-las).
Agora estou no hotel a escrever a crónica que amanhã às 10.20 há-de passar na Antena 1. Tenho sono, dói-me o corpo, mas tenho de ir bulir. Amanhã vamos andar de trenó puxado por renas. Depois volto, para fazer o relato. Obrigada a todos e todas que me fizeram sentir menos neurótica.
Depois de 4 horas de um primeiro voo, mais uma hora e tal de um segundo voo, estou para já safa de me estatelar de avião. Quinta-feira é o regresso e a ver vamos (mas a continuar a maldizer Deus, acho que estou mesmo a pedi-las).
Agora estou no hotel a escrever a crónica que amanhã às 10.20 há-de passar na Antena 1. Tenho sono, dói-me o corpo, mas tenho de ir bulir. Amanhã vamos andar de trenó puxado por renas. Depois volto, para fazer o relato. Obrigada a todos e todas que me fizeram sentir menos neurótica.