Hoje tive de me controlar para não matar uma mulher.
Senti uma pulsão violenta crescer dentro de mim.
As minhas mãos tinham sede daquele pescoço.
Fulminei-a com o olhar uma série de vezes, a ver se ela me farejava os instintos e parava.
Mas ela prosseguia, indiferente ao meu ódio. Acho que prosseguia ainda com mais vigor.
Eu tinha sono. O meu sistema operativo estava ainda em modo sleep. E ela continuava, feroz, agredindo-me.
Arriscam muito os empregados de cafés que se põem a atirar com a loiça para dentro do cesto da máquina, pousado mesmo à nossa frente, quando estamos sentados ao balcão.