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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

O teu azimute e a minha quilha


Ontem foi tudo (ainda mais) a correr. Brincámos, vestimos-lhes o pijama, demos-lhes o jantar, pusemos o Noddy e saímos em passo apressado. Era a nossa primeira aula do curso de Patrão Local no Centro Náutico da Expo. Fomos a pé, quase a correr, e chegámos a horas (21.00).
O comandante Martins da Cruz apresentou-se e explicou que vamos sair dali a saber navegar. Depois começou a perguntar aos alunos o que seria preciso ter antes de largar com a embarcação. E foi aí que percebemos que não basta saber mexer nos botões do barco e já está. Diz que vamos ter de saber ler cartas de navegação, vamos ter de nos informar sobre as condições meteorológicas, vamos ter de saber as marés, vamos precisar de comprar o Roteiro da Costa de Portugal para saber como entrar nos portos (saber quais os faróis que têm de estar em enfiamento e outras coisas do género), vamos ter de ter um sextante para medir a distância das estrelas e uma agulha para calcular o azimute. Falámos em pontos conspícuos, em graus, em bombordo e estibordo, anteparas e nós, amuras e alhetas, quilha, patilhão, calado, proa e popa.
Saí com a ligeira impressão de que nunca vou sair de um porto com um barco. Não porque não vá aprender, que não sou burra e aprendo depressa, mas porque uma viagem deve ser uma estafadeira de preparativos, planos e estudos. Mas pode ser só impressão... Para já gostámos de aprender coisas novas. E fomos todo o caminho para casa a fazer piadolas sexuais com o azimute e com a quilha, o que, parecendo que não, pode ser um exercício bem divertido (e útil, que todos os trocadilhos sobre sexo são proveitosos em casa onde há crianças).