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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

A caminho do paraíso

E eis-nos em frankfurt, depois de um voo simpático, tirando a parte em que os ventos ameacavam (eu sei que este c tem cedilha mas os alemaes nao) virar-nos do avesso. O ricardo suava das maos e eu ria-me muito porque bebi dois copos de vinho e, parecendo que nao, facilitou. daqui a 1 hora, lá vamos nós para as maldivas. dormir e ler e... bom, tudo o que se imagina que um casal faca (que falta das cedilhas) quando está num bungalow sobre uma água esverdeada e... sem filhos. até breve.

Dia da Mulher?

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O Carlos Barbosa de Oliveira quase me fez começar a gostar do Dia da Mulher. Deixou, para mim e mais umas senhoras (umas conheço, outras não), um lindo ramo de flores lá nas Crónicas do Rochedo e eu, que gosto muito de flores e de presentes em geral, achei o gesto fofinho e agradeci, de cabeça ao lado e mãozinhas postas no peito. Mas, a verdade, é que eu odeio o dia da mulher. O-d-e-i-o. Porque é que há um Dia da Mulher e não existe um Dia do Homem? Esta é a primeira. Depois, tirando os dias do pai, da mãe e dos avós (simpáticas homenagens à família), estes dias servem sempre para nos lembrarmos dos mais fracos: o Dia da Criança, o Dia do Deficiente, o Dia do Animal, o Dia do Alzheimer, o Dia do Enfermo, o Dia do Idoso, Dia dos Ciganos, dos Refugiados e uma catrefada de outros dias de pessoas diminuídas ou com fraca voz no mundo. E isso dana-me. Porque, no que me diz respeito, não me sinto nada precisada de um dia, à excepção do meu aniversário e, sim (sim, sim, sim!) do Dia da Mãe.
(Mas, obrigada pelas flores... é que gostei mesmo!)

Cocó na fralda

Pois é. Também eu não resisti a ir ao Google Analytics espreitar as análises feitas ao meu recém-nascido blog. Gostei de saber que, logo depois de Portugal, é no Reino Unido que mais lêem o cocó. Depois vem Espanha, a Bélgica, o Brasil e Angola. Mas também visitam o blog na Suécia, Áustria, Noruega, Suiça, Canadá, na Indonésia. Entre muitos outros países, a quem mando desde já o meu comovido obrigado, mesmo que tenham odiado tudo o que leram e que ainda estejam a tentar recompor-se do asco provocado pelo nome do blog (que ele há gente muito sensível).
Também apreciei verificar que ao fim-de-semana o número de visitantes cai drasticamente, subindo como numa montanha russa à segunda-feira, dia aziago em que se regressa ao trabalho e, por isso, se tem muito tempo livre para gastar.
Mas do que gostei mais foi de descobrir as palavras-chave que trouxeram alguns visitantes ao cocó na fralda. Bom, como seria de prever, a maior parte das pessoas que chega ao meu humilde blog vai à procura de... merda. Peço perdão pela aspereza da palavra, mas a verdade pura e dura é essa. "Cocó", "cocó na fralda", "como lavar as fraldas", "bolos feitos com fralda" (???), "como lavar as fraldas" (e descartáveis, não?), "bebé só faz cocó na fralda", "o que significa sonhar com cocó" (errrh... não sei mas não me parece um bom auspício).
Mas o que mais me enterneceu foi a frase "reconheço meu lugar e sou somente um coco". É triste que alguém pense isto e, em vez de ter chegado a um blog de um psicanalista, tenha aportado aqui, onde tantas misérias do dia-a-dia são despejadas em jeito de desabafo. Cara pessoa, se ainda aí estiver, esqueça lá isso, não há-de ser somente um cocó neste mundo, olhe melhor e verá uma criatura cheia de qualidades (estarei a ir no bom caminho, senhores psicólogos?).
E pronto, com esta partilha os deixo, não para ir fazer cocó, não para mudar uma fralda, não para me lastimar que não passo de uma bosta nesta vida, mas para adormecer de modo deprimente no sofá. Quem me compreende já chegou à minha idade (ou ultrapassou-a). Quem acha a ideia execrável é porque é ainda demasiado novo para entender. Lá chegará a sua vez.

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