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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Feliz Dia do Pai, Mae

Mais uma coisa, antes de voltar para a minha casinha sobre as aguas esverdeadas:
Feliz dia do pai, Mae!!! Muitos abracos e beijinhos.
E para ti, Mana, aquele abracinho especial. Temos as duas o mesmo vazio. Mas aprendemos a preenche-lo com outras coisas e pessoas e mais coisas e mais pessoas. E, claro, uma com a outra.

Porque nao nos doem as saudades?

Aqui sao agora onze da noite. Amanha logo pela manha vamos de barco ate Mahle, apanhar o aviao para Frankfurt, e depois outro para Lisboa. Nada nesta ideia me da alegria. O que me conduz a outra questao: Quando viriam as saudades dos nossos filhos? Em que momento seria doloroso continuar aqui, sem eles? Temi fazer a pergunta em voz alta. Quem me conhece sabe que sou uma mae galinha, sempre a contar os episodios das crias, sempre pronta a largar tudo por eles. Mas... agora, aqui, sinto que podia ca continuar. Ate quando? Enchi-me de coragem e perguntei em voz alta: Quando viriam as saudades dos nossos filhos? Em que momento seria insuportavel continuar longe deles? Para meu sossego, o Ricardo respondeu que tambem ja se tinha feito essa pergunta. So nao tinha tido coragem de a verbalizar. Acho que acabariam por vir, essas saudades feitas dor, dor na barriga e no peito e no corpo todo. Das outras vezes sentimos mais a falta deles, e certo. Mas a verdade? A verdade e que nao estavamos no paraiso.

Vou casar com o Fernando Alves, da TSF

Hoje é o nosso último dia no paraíso. Acordei as 3 da manhã com um sorriso na cara. Definitivamente, o meu cérebro pensa de modo singular enquanto dorme. Sonhei que ia casar com o Fernando Alves, jornalista da TSF. No sonho não nos conhecíamos pessoalmente (na vida real, por acaso, também não) mas íamos casar. Era um imperativo. Não estávamos tristes, nem contentes, nem sequer entusiasmados. Iamos casar e pronto. E eu acordei a rir de mim mesma e do meu sonho-metáfora perfeita.
Na verdade, o Fernando Alves acompanha-me todas as manhãs, com a sua rubrica diaria, Os Sinais, onde relata episódios da vida, uns mais mundanos, outros mais políticos, todos sempre poéticos, alguns verdadeiras pérolas. Todos os dias, perto das nove da manhã, ouvimos Os Sinais a caminho do colégio dos miúdos. Umas vezes ouvimos à saída da garagem, o que significa que estamos com a corda na garganta de tão atrasados. Outras ouvimos quando estamos a deixar o Manel, o que significa que chegámos a horas, coisa rara. Por isso, o meu sonho não podia ser mais verdadeiro. Em breve voltaremos, nós e o Fernando Alves, ao nosso casamento, com as suas rotinas, correrias, alegrias e indisposições. Gosto das metáforas que produzo a dormir. Talvez devesse começar a escrever o meu livro enquanto sonho.