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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Cocó na fralda

Pois é. Também eu não resisti a ir ao Google Analytics espreitar as análises feitas ao meu recém-nascido blog. Gostei de saber que, logo depois de Portugal, é no Reino Unido que mais lêem o cocó. Depois vem Espanha, a Bélgica, o Brasil e Angola. Mas também visitam o blog na Suécia, Áustria, Noruega, Suiça, Canadá, na Indonésia. Entre muitos outros países, a quem mando desde já o meu comovido obrigado, mesmo que tenham odiado tudo o que leram e que ainda estejam a tentar recompor-se do asco provocado pelo nome do blog (que ele há gente muito sensível).
Também apreciei verificar que ao fim-de-semana o número de visitantes cai drasticamente, subindo como numa montanha russa à segunda-feira, dia aziago em que se regressa ao trabalho e, por isso, se tem muito tempo livre para gastar.
Mas do que gostei mais foi de descobrir as palavras-chave que trouxeram alguns visitantes ao cocó na fralda. Bom, como seria de prever, a maior parte das pessoas que chega ao meu humilde blog vai à procura de... merda. Peço perdão pela aspereza da palavra, mas a verdade pura e dura é essa. "Cocó", "cocó na fralda", "como lavar as fraldas", "bolos feitos com fralda" (???), "como lavar as fraldas" (e descartáveis, não?), "bebé só faz cocó na fralda", "o que significa sonhar com cocó" (errrh... não sei mas não me parece um bom auspício).
Mas o que mais me enterneceu foi a frase "reconheço meu lugar e sou somente um coco". É triste que alguém pense isto e, em vez de ter chegado a um blog de um psicanalista, tenha aportado aqui, onde tantas misérias do dia-a-dia são despejadas em jeito de desabafo. Cara pessoa, se ainda aí estiver, esqueça lá isso, não há-de ser somente um cocó neste mundo, olhe melhor e verá uma criatura cheia de qualidades (estarei a ir no bom caminho, senhores psicólogos?).
E pronto, com esta partilha os deixo, não para ir fazer cocó, não para mudar uma fralda, não para me lastimar que não passo de uma bosta nesta vida, mas para adormecer de modo deprimente no sofá. Quem me compreende já chegou à minha idade (ou ultrapassou-a). Quem acha a ideia execrável é porque é ainda demasiado novo para entender. Lá chegará a sua vez.