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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Ó Zé, pá. Porquê?


E eu que gosto tanto do José Fidalgo... É que é um moço que, pronto, não fora eu casada e feliz e era bem capaz de ir tomar um café com ele. Dois, vá. Mas dizia eu: E eu que gosto tanto do José Fidalgo... e agora ele entrou na pior série que já me passou pelos olhinhos. É um daqueles "Casos da Vida", da TVI, está a passar agora e chama-se "A Cor dos Dias". É tão mau, tão mau, tão mau que corre o sério risco de dar a volta e ficar óptimo. A gente aqui em casa tem-se rido muito. Mas o pior é que não é uma comédia. É tão confrangedor. Uma pessoa chega a corar de vergonha, apesar de não ser nada connosco.
Porquê, meu deus? Porquê? Zé... se me ouves... eu sei que a gente tem de ganhar a vida. Eu sei. Mas... há limites. Não me voltes a fazer uma desfeitazinha destas, sim? Obrigada. Vou continuar a ver isto. A ver se não me pára a digestão.

Paraísos diferentes






Estas férias estivemos todos no Paraíso. Nós nas Maldivas, no calor, nas águas transparentes, enfim, em tudo o que já aqui descrevi até ao enjoo, e os miúdos no norte do país, perto da Guarda, na casa do tio Bin, namorado da minha irmã. Não foi a primeira vez que eles ficaram com os nossos filhos durante uma semana para nós irmos laurear a pevide, mas foi a primeira vez que os levaram de comboio para longe, para uma quinta com bichos, onde eles foram mesmo felizes. Um dia destes faço um post sobre a minha irmã. E sobre o Bin. E a minha mãe. E a minha avó. E chega, que a família é pequena. Para já, um grande beijinho para quem proporcionou a quatro pessoas uma semana em dois Paraísos diferentes (mãe, pai, avó, irmã e cunhado do Bin incluídos neste beijinho e abraço) . Obrigada.
Foto 1 - A correr, no campo.
Foto 2 - Um memé. "Uma cabrinha", diz o Manel, que já é crescido demais para dizer "memé".
Foto 3 - Os miúdos ajudaram a fazer bolinhos e pão. Depois meteram-nos no forno a lenha. E devem ter pensado: "Com que então o pão não nasce nos sacos de plástico do supermercado..."
Foto 4 - O Martim, como sempre, a asneirar. Não se dá pontapés às galinhas, pá!

Leitores a editores já!

Se todos os editores de jornais fossem como alguns leitores deste blogue (e imagino que dos outros blogues também), o jornalismo não seria certamente tão preguiçoso como é. "Então não há posts novos?", "Então e posts?", "Então e mais um dia e nada?". E eu, claro, toda contente. Que se não fosse para me lerem escrevia num diário e guardava-o na gaveta da mesinha de cabeceira. É assim mesmo! Pressão na gaja. Tem um blogue para quê? É para escrever ou é para adormecer a malta? Toca a teclar, ó calona! E eu, Sim senhores. Cá vai disto.

A vingança das cedilhas e dos acentos

Mão. Mãe. Cão. Tubarão. Água. Paraíso. Caça. Poço. Paço. Laço. Caçarola. Belém. Avô. Avó. Manhã. Avião. Miúdos. Colégio. Nós. Língua. Há. Embriaguês. Saudável. Existência. Embaraço. Celebração. Mínimo. Máximo. Loiça. Sítio. Luísa. Suíça.
A única coisa que o Paraíso não tinha era um teclado com acentos. Sobre tudo o resto que aqui não existe e lá existia não me apetece falar. Nem escrever. Nem nada.

Feliz Dia do Pai, Mae

Mais uma coisa, antes de voltar para a minha casinha sobre as aguas esverdeadas:
Feliz dia do pai, Mae!!! Muitos abracos e beijinhos.
E para ti, Mana, aquele abracinho especial. Temos as duas o mesmo vazio. Mas aprendemos a preenche-lo com outras coisas e pessoas e mais coisas e mais pessoas. E, claro, uma com a outra.

Porque nao nos doem as saudades?

Aqui sao agora onze da noite. Amanha logo pela manha vamos de barco ate Mahle, apanhar o aviao para Frankfurt, e depois outro para Lisboa. Nada nesta ideia me da alegria. O que me conduz a outra questao: Quando viriam as saudades dos nossos filhos? Em que momento seria doloroso continuar aqui, sem eles? Temi fazer a pergunta em voz alta. Quem me conhece sabe que sou uma mae galinha, sempre a contar os episodios das crias, sempre pronta a largar tudo por eles. Mas... agora, aqui, sinto que podia ca continuar. Ate quando? Enchi-me de coragem e perguntei em voz alta: Quando viriam as saudades dos nossos filhos? Em que momento seria insuportavel continuar longe deles? Para meu sossego, o Ricardo respondeu que tambem ja se tinha feito essa pergunta. So nao tinha tido coragem de a verbalizar. Acho que acabariam por vir, essas saudades feitas dor, dor na barriga e no peito e no corpo todo. Das outras vezes sentimos mais a falta deles, e certo. Mas a verdade? A verdade e que nao estavamos no paraiso.

Vou casar com o Fernando Alves, da TSF

Hoje é o nosso último dia no paraíso. Acordei as 3 da manhã com um sorriso na cara. Definitivamente, o meu cérebro pensa de modo singular enquanto dorme. Sonhei que ia casar com o Fernando Alves, jornalista da TSF. No sonho não nos conhecíamos pessoalmente (na vida real, por acaso, também não) mas íamos casar. Era um imperativo. Não estávamos tristes, nem contentes, nem sequer entusiasmados. Iamos casar e pronto. E eu acordei a rir de mim mesma e do meu sonho-metáfora perfeita.
Na verdade, o Fernando Alves acompanha-me todas as manhãs, com a sua rubrica diaria, Os Sinais, onde relata episódios da vida, uns mais mundanos, outros mais políticos, todos sempre poéticos, alguns verdadeiras pérolas. Todos os dias, perto das nove da manhã, ouvimos Os Sinais a caminho do colégio dos miúdos. Umas vezes ouvimos à saída da garagem, o que significa que estamos com a corda na garganta de tão atrasados. Outras ouvimos quando estamos a deixar o Manel, o que significa que chegámos a horas, coisa rara. Por isso, o meu sonho não podia ser mais verdadeiro. Em breve voltaremos, nós e o Fernando Alves, ao nosso casamento, com as suas rotinas, correrias, alegrias e indisposições. Gosto das metáforas que produzo a dormir. Talvez devesse começar a escrever o meu livro enquanto sonho.

Estavamos a ver que nao!!!!

Hoje ouvimos, finalmente, falar portugues!!! Um casal, no restaurante, disse qualquer coisa como: "Ha cerca de um ano..." Nao ouvimos mais. Nao interessa. Eram portugueses. Porra! Sempre que vamos a algum lado ha portugueses. E ja se tinham passado seis dias sem ouvirmos falar a nossa lingua. Ei-la, enfim. Estavamos a ver que nao!!

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