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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

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Faz hoje 15 anos que tu me contrataste. E todos os anos recordo a história porque nunca é demais agradecer-te por me teres dado uma oportunidade, quando nem eu achava que a merecesse. E nem sei porque foi que viste alguma coisa em mim, eu que sabia tão pouco, tão poucochinho, praticamente nada. Gostava muito de escrever, queria contar histórias, mas era mais que um bebé, era um mero embrião curioso. E tu, olheiro, viste em mim qualquer coisa e abriste-me a porta da tua empresa e da tua vida.
A minha vida não seria o que é hoje, se não fosses tu. Tenho uma certeza feroz disso e tenho uma certeza absoluta de que seria muito menos boa do que é. Por um lado, porque não tinha feito as coisas todas que fiz, ao teu lado. Aprendi, aprendi, aprendi. Sobre o jornalismo, sobre a forma como se escreve, sobre as pessoas, sobre a vida. Acompanhei-te no teu Mundo de Aventuras e no Canal Aberto e no Falatório e, claro, no DNA, essa rampa de lançamento para tanta gente. Gente que tu lançaste, generosamente, como um Mourinho do jornalismo: alguém que dá a vitória à equipa mas se alguma coisa falha está lá para dizer que a culpa foi sua. Há muita gente com a memória curta. A minha não é. E a gratidão vai sempre fazer parte do meu dicionário.
Hoje é sexta-feira, dia 1 de Abril, e, se ainda trabalhássemos juntos, faríamos 15 anos de vida profissional em comum. O facto de não fazermos chateia-me e entristece-me. Por isso, hoje vou jogar no Euromilhões com convicção e fervor. Se eu ganhar, segunda-feira já podemos comemorar este dia com outra alegria. Porque vamos fazer uma revista do catatau, os dois. Aaaaah, se vamos!
Se eu não ganhar... é uma merda. Fica o sonho adiado uma semana. Porque na próxima sexta lá estarei eu, de novo, a pôr cruzinhas num papel e a imaginar páginas e páginas de reportagens excepcionais, de fotografias lindas, de boas ideias em papel.
Beijo, Pedro. Gosto muito, tanto, de ti.

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