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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

135 milhões de euros são muitas coisas

Hoje ofereci-me uma coisa. Uma coisa que já namorava há anos. Os últimos meses, porém, foram os mais intensos. Digamos que eu e «a coisa» andávamos a fazer planos para casar.
Hoje, último dia de Nós Vencedores, último dia antes de ir de férias (ainda tenho uns textinhos para deixar prontos mas já vai ser toda uma outra calma, com praia e piscina incluídas), resolvi-me. Comprei a coisa e pareço uma criança, de tão feliz.
Foi então que me pus a pensar nisto das coisas. São só isso, objectos, sem os quais poderíamos viver na mesma, igualmente felizes. Mas que nos trazem uma satisfação especial quando as temos, sobretudo - e é aqui que quero chegar - quando as desejámos muito tempo e quando suámos para as ter.
Ora, isso leva-me ao ponto seguinte: eu adorava ganhar os 135 milhões de euros que estão hoje disponíveis no euromilhões. Acho que ia ser ainda mais feliz. Mas, por outro lado, penso: com 135 milhões de euros eu iria voltar a desejar tanto alguma outra coisa? Ou tudo o que desejasse iria ser comprado com prontidão e sem olhar a despesas? E em que medida é que isso iria fazer de mim, de facto, uma pessoa mais feliz? Não são as coisas mais desejadas as que nos fazem efectivamente mais felizes quando, por fim, as concretizamos?
A minha conclusão tende a ser sempre a mesma: caga lá nessa reflexão porque 135 milhões iam fazer-te mesmo bem, a ti e a todos os que fosses ajudar. Mas, para já e enquanto eles não vêm parar cá a casa, estou aqui com um sorriso de orelha a orelha com a minha coisa nova (e não, não é um carro, não é um barco, não é um Rolex, não é nada de excêntrico, podem sossegar os nervos os nervosos do costume).

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