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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Truques para regressar sem tanto nos custar

Fazemos todos os anos a mesma coisa e sei que a maioria das pessoas também o faz (ou não acabássemos por ser todos mais ou menos parecidos). Para que o regresso à vida de todos os dias custe o menos possível, o melhor é mesmo organizar a agenda de modo a que, nos tempos mais próximos, haja um nível de rambóia razoável. Já sei que nem todos podem programar fins-de-semana fora ou jantares ou programas ainda mais elaborados, mas na medida do possível e do bolso de cada um, parece-me esta uma boa estratégia (passeios a pé ao final da tarde, piqueniques ao fim-de-semana, voltinhas de bicicleta... enfim, é pôr a imaginação a funcionar). Afinal, regressamos de um período de tempo em que houve um nível substancial de festa rija e, por isso, voltar para uma vida enfadonha e monótona pode arrasar com qualquer boa disposição. 

Chegámos no domingo e, na terça, tivemos logo concerto de Imagine Dragons. Pumba! Nós os dois e os dois filhos mais velhos, lá fomos fingir que não estávamos chateados que nem perus por termos voltado do Dolce Fare Niente. Em bom rigor poderia ter ido a família inteira porque quer a Mada quer o Mateus adoram Imagine Dragons (o Mateus vibra especialmente com o Believer e o Thunder) mas calma lá com o andor, que isto assim para os quatro já não foi barato. Bom... e o que dizer do concerto? Tão bom, tão bom... Para começo de conversa, o vocalista Dan Reynolds apareceu cheio de calor, em tronco nú. Foi muito simpático da parte dele e um belíssimo arranque de concerto (sou casada mas, desde que tenha as lentes postas, continuo a ver bem, felizmente). Quanto ao resto, foi perfeito. Cantei que me fartei, conheço as músicas todas, gostei das explosões de papelinhos e daquela espécie de gaisers que, de quando em vez, se soltavam à sua volta. As bolas gigantes que invadiram a plateia, por altura de "On top of the world" foi outro dos momentos altos. Esse e o discurso que o querido Dan fez sobre depressão, assumindo que também ele já esteve deprimido, que também ele já fez terapia e que calculava que houvesse por ali muitas pessoas a passar pelo mesmo, pedindo a todas que não se sentissem estigmatizadas, que não se sentissem diminuídas, que não tivessem vergonha de procurar ajuda. Uma mensagem importantíssima, que devia ser muito mais vezes transmitida, porque ninguém hesita em tratar do corpo quando o corpo está doente, mas ainda muita gente se esquiva a tratar da cabeça quando a cabeça está doente, o que é tão absurdo quando está provado que muitas das doenças do corpo vêm justamente de descompensações emocionais não tratadas. E pronto. Agora já há programas de fim-de-semana e jantares marcados e outros por marcar, para que a alegria continue, apesar de toda a parte chata que também tem sempre que co-existir. Há lá maneira melhor de regressar? 

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