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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

O regresso

Saímos às 10h, depois do pequeno-almoço (que saudades vou ter dos pequenos-almoços e restantes refeições sumptuosas, senhores!) e depois de um último olhar melancólico por toda aquela beleza onde fomos tão felizes e uma espécie de flashback onde recordámos os melhores momentos. O Martim até chorou, por ter de vir embora. Eu percebo-o. Só não chorei porque convém manter alguma compostura...









Queríamos chegar a Ceuta a tempo de apanhar o barco das 11.15h porque o próximo barco era só às 14.30 e tínhamos uma loooooonga viagem pela frente, mas esquecemo-nos de um pormenor. É que basta cruzar a fronteira e os ponteiros do relógio avançam logo duas horas. De maneira que quando chegámos aos barcos às 11h eram, na verdade, 13h. E a funcionária ficou a olhar com cara de ponto de interrogação para o Ricardo quando ele disse que queria seguir no barco das 11.15h. Pois. Aproveitámos para pôr gasolina (a diferença de atestar em Portugal ou em Espanha chega a ser pornográfica) e depois foi ficar à seca uma hora e meia.
O barco não era tão XPTO como o anterior mas a viagem fez-se bem. Aproveitámos para comer uma sanduíche dentro do barco, para poupar tempo, mas tivemos de voltar a parar numa estação de serviço a poucos quilómetros da entrada em Portugal, para atestar o carro novamente e para voltamos a petiscar. A seguir, foi directo. Chegámos a casa às 21h. Ou seja, levámos ao todo 10 horas (já contando com a hora e meia à espera do barco mais a hora e meia da travessia mais a paragem às portas do Algarve). Foi uma estopada mas tudo bem. Os miúdos portaram-se bem, tirando um ou outro desatino, e as típicas e insistentes perguntas "estamos quase a chegar?"
De facto, parar para dormir no Algarve é uma boa opção (que fizemos na ida mas que, no regresso, não foi possível porque o Ricardo hoje começava a trabalhar cedo e a Madalena tinha de estar na escola às 8.15 para ir para a praia).

Geralmente, tudo o que é bom passa depressa e, pelo contrário, quando estamos a apanhar uma valente seca, o tempo parece parar para nos fazer penar ainda mais. É curioso que, desta vez, aconteceu-me um fenómeno diferente: pareceu-me que estive fora mais do que uma semana. E não foi por ter sido mau! Foi por ter sido tão preenchido, por termos feito tantas coisas, por termos descansado tanto.
Recomendo vivamente este destino. E não, não ganho comissão.
Quem queira saber mais é só ir AQUI.
Aiiiiiiii, aiiiiiiii… agora vou trabalhar que sem trabalho não há dolce vita. 

As duas últimas noites

A noite de sexta-feira foi brutal. O tema era o branco e a zona do jantar estava toda a rigor, alva e com candeeiros marroquinos. Estava uma noite quente e, de repente, na areia, houve um happening.
A miudagem foi toda a correr, e mesmo a malta graúda não quis deixar de ir fotografar.
Mas era só o princípio. À tarde já tínhamos percebido que o espectáculo seria junto à piscina, porque pediram que saíssemos um pouco mais cedo (às 19h), mas não contávamos com um número de trapézio dentro de água.




Impressiona a rapidez com que este pessoal monta e desmonta tudo, a eficiência com que nascem tendas e trapézios e pistas de dança e, de repente, está tudo no formato normal outra vez. Também impressiona a qualidade dos dançarinos e trapezistas. Não são artistas contratados de fora. São os membros do Club Med que fazem tudo.
Depois deste número, abriu-se a pista de dança e foi um forrobodó. Fartei-me de dançar até pequeno Baby M começar a mostrar o seu desagrado.

A Madalena adormeceu logo depois do número de circo e ficou a dormir num cadeirão. Quando nos fartámos da rambóia, o Ricardo pegou nela e fomos embora. Acontece que o nosso quarto ficava muuuuito lá em cima - o Club Med Yasmina está distribuído numa espécie de socalco; esta festa ficava mesmo junto ao mar e o nosso quarto ficava lá no topo, com vista. Foi um vê se te avias para a carregar entre ladeiras inclinadas e escadarias. O pai fez várias paragens pelo caminho, pediu ajuda aos rapazes e eu agradeci estar grávida. :)


A última noite (sábado) contou com um espectáculo inspirado no filme Burlesque, cheio de plumas e coxas saltitantes. Mas o que mais gostei foi a homenagem, feita no final, a todos os funcionários que, durante a semana, trabalharam com afinco para que tudo corresse na perfeição. Entre os homenageados, os muito aplaudidos chefs de cozinha e empregados de mesa, que lidam com comida quando estão temperaturas abrasadoras e quando muitos deles estão em pleno Ramadão (ou seja, em jejum até o sol se pôr). Acho que esta forma de bem tratar a equipa é o principal segredo desta cadeia de hotéis que tem a característica de parecer uma grande família. Nunca vi outro sítio em que TODA a gente tivesse um ar tão bem disposto e feliz como nos dois Club Med em que já estive (Da Balaia e Yasmina). Acho que deve ser uma experiência brutal, por exemplo, para um estudante universitário trabalhar durante as férias de verão num Club Med algures no mundo.






Club Med para os miúdos: a estimular a aprendizagem da língua francesa desde 2014

Aqui há o Petit Club (dos 2 aos 4 anos), o Mini Club (dos 4 aos 11 anos) e o Club Med Passworld (dos 11 aos 17). Infelizmente, nenhum dos três quis experimentar. Não os posso censurar. Afinal, não tiveram a sorte de encontrar um único português da sua idade que também fosse para lá. Os dois únicos casais de portugueses que aqui conhecemos já tinham filhos crescidos que não alinharam, provavelmente por também não falarem francês fluentemente. Entre os nossos, só o Manel é que sabe qualquer coisa da língua. E, assim sendo, fica realmente difícil. A Madalena foi quem mais pena teve. Porque todos os dias via os miúdos passarem em filinha, a cantarem e a fazerem brincadeiras várias, a divertirem-se na piscina do clubinho. E ela a lastimar: "mas eu não percebo nada do que eles dizem…". Não forçámos. Hoje, porém, quando viu o espectáculo que os pequeninos apresentaram para os pais, suspirou: "Quando é que eu aprendo francês, para poder ir para Mini Club à vontade?"

Vir de férias e ainda conseguir imprimir vontade de aprender línguas é um dois-em-um que não esperava. Alliance Française… és bem capaz de ter ganho 3 novos membros!

@Club Med Yasmina

Desportos aquáticos (e não só...)

Hidroginástica

Polo Aquático 

Danças à beira da piscina

Kayak

Em terra, a ver os marinheiros partir

Lá vão eleeeeeees… 

Sem os manos fico aborrecida. Vou dormir a sesta (duas horas de sesta) 

Cavalos na água: como deixámos para o último dia (à portuguesa) já não conseguimos ir… Buáaaaa! 


Aqui não há mesmo como ficar entediado (isto para quem se entedie de simplesmente vegetar… Não é o meu caso).
@Club Med Yasmina


Os meus trapezistas

A Mada foi a primeira destemida. A hora dos mais pequeninos irem à Escola de Circo é às 9.15, de maneira que pensei que, ao acordá-la às 8h, ela me mandasse bugiar mais ao trapézio. Afinal não. Quando lhe perguntei baixinho ao ouvido "sempre queres ir ao trapézio?", com a secreta esperança que dissesse que não e pudéssemos todos dormir mais um bocado, gritou um "siiiiiiiiiiiim!" entusiasmadíssimo e pulou da cama como se tivesse molas.


À espera da sua vez

Só de subir aquelas escadas eu já estaria todinha a tremer… Not her...

Salta macacaaaaa! 


E depois ela conseguiu ficar pendurada pelos pés 


Ela gostou tanto, tanto, tanto que contagiou o Martim. Quando a irmã desceu, ele disse: "Se calhar afinal até vou." E ficou decidido. Uma hora depois, era o meu Martoco a subir as escadas e a mandar-se que nem um doido.
A olhar com um misto de medo e vontade


Vai, Tim!!!! 


E no final ainda deu uma cambalhota!


Artistas circenses @Club Med Yasmina

Noite 45

No Club Med todas as noites são temáticas e as pessoas vestem-se em conformidade. A noite branca, a noite azul e branca, a noite marroquina, e por aí fora. Ontem foi a noite 45. E o que é isso? Bom, quando o Club Med fez 45 anos (em 1995) alguém se lembrou de criar T-shirts comemorativas com o 45. E a partir daí, em todos os villages por esse mundo afora (e são largas dezenas), há sempre lojas onde comprar t-shirts (e acessórios) com o número 45 à frente e, na parte de trás, o nome do club respectivo. Há quem ande pelos Club Meds do planeta e coleccione t-shirts dos diferentes villages. Quando estivemos no Da Balaia não sabíamos disto mas, para a noite de ontem, não quisemos deixar de nos vestir a rigor. Comprámos t-shirts iguais para todos, com o 45 à frente e Yasmina escrito atrás.




O jantar foi diferente porque reservámos mesa num restaurante mais pequeno, para uma experiência gastronómica totalmente marroquina. Não foi fácil para os miúdos porque os sabores eram bastante exóticos e eles são para o esquisitinho mas é sempre bom que se habituem a provar de tudo. A seguir a noite foi um espectáculo. Dançámos que nem uns doidos ao comando do bailarino principal cá do sítio, que tem um ritmo brutal (faz-me lembrar o Leroy, do Fame, lembram-se?). Ter-nos-íamos divertido bastante mais se a Madalena não tivesse começado com uma birra, seguida de um sono profundo…


Logo na noite mais animada, em que a moça se podia pôr a dançar e depois sair com o seu chapéu recolhendo donativos… Damne it!

Estamos em França

Não estamos, mas parece.
Ver o jogo França-Alemanha num Club Med é quase o mesmo que estar numa esplanada em França. Cheira-me que isto vai ser a loucura, por aqui. Estiveram a montar luzes e colunas e eu sei lá o que mais, de maneira que se França ganhar acho que vai tudo ensandecer. Espero que ganhe! Cheira-me a festa rija!

Ops… Acabei de escrever isto e a Alemanha marcou. Há ali 5 alemães que se puseram aos saltos perante o silêncio geral. Eu no lugar deles festejava para dentro… mas tuuuuudo bem.

Chefchaouen

Hoje saímos do village para ir conhecer Chefchaouen, uma cidade azul e branca, situada a cerca de uma hora e meia de carro de Tetouan. Custou sair daqui, vou ser franca. Os miúdos não queriam, claro, querem lá saber de ir a um país e não ver mais que mar e piscinas e diversão! Nós também estamos mesmo a precisar de sopas e descanso mas não tivemos coragem de chegar a tamanha inércia. Ok, que é só uma semana, ok que viemos mesmo para sossegar, mas pelo menos temos de ter um cheirinho a Marrocos, que diabo! Já tínhamos espreitado Tetouan, à chegada, mas hoje fomos mesmo conhecer Chefchaouen. E valeu muito a pena. Os miúdos gostaram muito e admitiram que sim, seria uma anormalidade não ver mais que a realidade linda e controlada do hotel. Chefchaouen é muito bonita, labiríntica e com recantos encantadores. Tirei umas 200 fotos e são quase todas autênticos postalinhos. Comprámos um lenço, um baton daqueles verdes típicos marroquinhos (calma, apesar de serem verdes pintam rosa, não enlouqueci), azeite de argão, e especiarias (e foi um filme porque caiu pimenta para os olhos da Madalena e o que ela berrou há-de ter-se ouvido em Ceuta!).












Estes dois parecem mesmo ser daqui. 


@Chefchaouen, Marrocos.

Actividades para todos os gostos

Ténis. Futebol. Mini-golf. Golf. Equitação. Tiro com arco. Vela. Canoagem. Circo (voos no trapézio). Pingue-pongue. E o ginásio. E depois as aulas ao ar livre: hidroginástica, danças várias, step. Há tanto por onde escolher que ninguém com tendências hiperactivas para o desporto se sente desamparado. A minha malta já experimentou o ténis, o futebol (claro!), e uma aula de hidroginástica. O Martim parece ter mudado de ideias em relação ao trapézio (Bambiiiiii) mas a Mada garante que de amanhã não passa (acho que o difícil vai ser arrancá-la de lá). Ainda queremos ir montar a cavalo (eu infelizmente não) porque eles levam os cavalos pelo mar adentro e deve ser uma bela experiência - acho que vou ser uma fotógrafa feliz (já montámos na praia, no nordeste do Brasil, quando o Manel tinha 4 anos e o Martim um ano e tal e foi incrível).
O parque infantil, que fica contíguo ao Mini Club, tem uma coisa que é uma espécie de baloiço misturado com slide que os miúdos amam. É muito concorrido e não passa um dia sem ter de lá ir com a Madalena.



Aula de step de um lado, e a criançada do Mini Club do outro. É giro ver como os mundos de uns e de outros ora convivem alegremente ora coexistem sem se perturbarem.




@Club Med Yasmina, Marrocos.

À noite, esquecemos o lado bucólico e soltamos a franga (uns mais que outros, claro está)





Na noite branca, pequena Mada passou-se de vez e deu um show daqueles. Dançou e dançou e dançou, no meio dos outros e sozinha em palco. Foi de tal ordem que pensei que se, no final, andasse a recolher dinheiro com o seu chapéu, éramos bem capazes de voltar ao Club Med por três semanas já em Agosto. Infelizmente ainda não a tinha instruído nesse sentido (mas vou já tratar disso!). O Martim foi o fotógrafo oficial do show. O Manel só se ria e oscilava entre ter vontade de gritar ao mundo que aquela era a sua irmã e uma certa vergonha alheia (é giro perceber que eles já têm um pudor que ela desconhece).
O resto do espectáculo também foi muito bom e meteu acrobacia, sapateado, cantigas, danças e humor.



@Club Med Yasmina, Marrocos.