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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Regresso às aulas

O Mateus voltou hoje à escola. Já podia ter voltado mais cedo até porque a escola não fecha nem em Agosto, mas ficou em casa mais uma semaninha. Hoje foi. Agarradinho, a olhar para a educadora nova de lado, mas recebido pelos amiguinhos aos gritos: "Ma-teus! Ma-teus! Ma-teus!" Os outros ainda estão em casa. A Mada e o Martim começam para a semana, o Manel ainda está a ver como vai ser a sua vida. Vai concorrer à segunda fase (candidaturas ao Ensino Superior) mas o mais certo é não entrar e estamos na fase de tentar perceber se faz mais sentido entrar numa privada qualquer ou ficar o próximo ano a fazer melhoria de notas para voltar a candidatar-se em 2020.

É verdade que mata os pais por dentro ver os filhos pequeninos a chorar desesperados no primeiro dia de aulas (e mata mesmo, eu já morri um bocadinho várias vezes), mas esta fase da entrada ou não dos filhos na universidade é super angustiante, confesso. Não para os que entram logo à primeira na sua primeira opção porque têm média de 19,9 ou coisa parecida. Mas para os mais medianos é complicado porque por mais que se dê a volta ao texto não entram naquilo que gostariam e nós, os pais, ficamos a pensar como raio vai ser a sua vidinha. Uma amiga dizia-me que um tipo de Harvard lhe tinha dito: "A vida profissional antigamente era escalada, agora é surf." No fundo, um somatório de experiências, nem todas óbvias, que nos tornam únicos. Um deslizar em ondas que vão e vêm, atirando-nos ao chão umas vezes, e obrigando-nos a apanhar as ondas seguintes, e não uma subida íngreme numa montanha para atingir o pico. Foi tranquilizadora, esta frase, porque reconheço nela alguma verdade. Mas ainda assim... custa. Ser mãe e ser pai é, de facto, um trabalho para a vida toda. Pensamos que quando eles crescem as preocupações se tornam menores porque já não dependem tanto de nós mas é tudo mentira. Pais de crianças pequenas, tenham paciência. Ainda têm toda a vida pela frente para irem morrendo aos bocadinhos por causa dos filhos. A menos que eles sejam génios, claro. Mas esses também terão as suas cenas.

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