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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Os 40 são os novos... calem-se com essa treta, pá! Todas as semanas há malta da minha idade a quinar

Não sei que raio se passa mas chegar aos 40 e tal é a antevisão do inferno. Não há mês em que não morra alguém ligeiramente mais novo, da mesma idade ou ligeiramente mais velho que nós. Um amigo, um familiar, um colega, um ex-colega, um amigo de um amigo. Uma estrela do cinema, da música, da televisão. Pessoas demasiado novas para ir. Pessoas que podíamos ser nós. E parece tudo demasiado aleatório. Alguns fumavam muito, bebiam talvez demais, dormiam pouco, viviam em stress. E a gente, na ânsia de se tentar pôr a salvo, diz "pois, lá está, tinha uma vida desregrada, não teve cuidado, pôs-se a jeito". Mas depois há os outros. Os que eram atléticos, desportistas, saudáveis, veganos, whatever. E que foram na mesma. Com doenças prolongadas ou rápidas ou fulminantes. Foram. E os relatos são sempre horríveis. Deixam filhos pequenos, que podiam ser os nossos, deixam vidas suspensas, que podiam ser as nossas.

Por isso não me venham cá com tretas que os 40 são os novos 30 e o catano. Os 40 estabelecem uma linha a partir da qual muitos de nós começam a cair que nem tordos. E só por causa disso, nós por cá vamos hoje mesmo marcar uma viagem, rapar todas as poupanças, que se lixe, que se dane. Assim como assim nunca se sabe se lá chegamos, sequer. É viver, minha gente. É viver enquanto dá. 

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