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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

O nosso Algarve à mesa

As nossas semanas de férias no Algarve são um dos momentos altos do ano. Porque estamos todos juntos, porque estamos com os amigos de sempre, porque passamos horas na praia a jogar à bola, a fazer construções, a descansar, a ler, a jogar às cartas, a jogar ao stop, a dar mergulhos. Há rotinas que gostamos de manter, restaurantes que são "obrigatórios" e até temos a filha de uma amiga (querida Mariana) que faz uma lista de todos onde temos de ir, ou nao fôssemos portugueses e o prazer do convívio não passasse por uma boa mesa. Assim, aqui ficam alguns dos nossos spots de paragem quase certa:

Zé Maria & Lita - Se vão à procura de glamour esqueçam. Não tem nada de bonito mas come-se uma mista de peixes grelhados que é de ir ao céu e voltar. A salada de tomate à algarvia é uma delícia e o vinho verde à pressão dá o entorpecimento que funciona como a cereja no topo deste bolo. Fica em Tavira.

Pezinhos n'Areia - Em plena Praia Verde, perdeu muito quando deixou de estar mesmo na areia (era tão, tão giro) mas continua a ser um lugar bonito, onde acabamos muitas vezes por marcar um jantar a dois (mesmo quando, no final, achamos que pagámos mais do que devíamos por uma refeição que já foi melhor do que agora). Fiquei tristíssima quando acabaram com o meu prato preferido (polvo panado) mas o Manel diz que não há nada que bata um prato de massas que lá têm (e que não sei de cor qual é).

Sem Espinhas - Um clássico. Sem o requinte dos Pezinhos n' Areia, tem a vantagem de se poder estar, efectivamente, na areia. Há mesas postas no areal e uma babysitter entretém as crianças enquanto os pais conversam. Tem alguns pratos muito bons como o arroz de lingueirão, a açorda de bacalhau ou a massinha de peixe e gambas (Praia do Cabeço).

Fialho - Aaaaaaah, que até se me saltam as papilas gustativas ao escrever este nome. O Fialho, que não o de Évora (se bem que o de Évora também me põe a babar), é outro restaurante sem mariquices mas onde se come divinamente. O arroz de marisco é sublime (prefiro-o ao de lingueirão) e vem nos tachos de barro a ferver. É dificílimo marcar porque nunca atendem o telefone, pelo que é preciso ir lá pessoalmente implorar por um lugar neste Olimpo degustativo. Fica em Luz de Tavira, mesmo junto à ria.

Noélia - Fica em Cabanas. A primeira vez que fui não compreendi a excitação com o local. Talvez por estarmos a ser atacados por um carreiro interminável de formigas em fúria, na esplanada, o que é certo é que saí dali com a sensação de que era mais fama que proveito. Depois, voltei. E percebi. Há pratos que são realmente hinos à gastronomia como a raia alhada ou as pataniscas de polvo com arroz de gengibre (entre outros).

O Infante - Fica na Praia Verde (e há outro, o original, na EN125, mesmo antes de chegar à Praia Verde) e come-se um belíssimo peixe com uma soberba vista de mar. É mais tradicional mas o que é tradicional é bom.

À Terra - Também fica na Praia Verde e tem sido um dos escolhidos para celebrarmos o nosso aniversário de namoro. É muito giro e pode-se optar por pizzas (em forno a lenha) ou por pratos mais sofisticados (e óptimos) como a massada de tamboril e poejo, o polvo panado com farinha de milho, o atum com beterraba fumada e relishe de coentro, entre outros. Tem um ambiente muito bom e é mesmo giro.

Petiscos de Cacela - Não tem nada que enganar. Quando estamos fartos de praia ou se está muito vento ou mesmo sem qualquer outra desculpa, é certo e sabido: lá vamos nós comer uma mariscada a Cacela. O problema? São 4 mesas e um milhão de interessados. Já ficámos que tempos na fila como também já aconteceu chegarmos e haver logo mesa para nós (raro). Seja como for vale sempre, sempre a pena. Ameijoas, conquilhas, ostras... e aquele pão, que é uma desgraça.

Capelo - Em Santa Luzia, nunca falhava. Agora temos passado anos sem lá ir. Nem sei bem porquê, mas acabamos sempre por ir a outros. De qualquer forma, se querem as melhores barrigas de atum... é ir aqui. 

Polvo, em Santa Luzia - É difícil eleger o melhor. Íamos sempre à Casa do Polvo mas  um dia estava a abarrotar e entrámos numa outra e... saiu-nos melhor que a encomenda! Não me lembro do nome dessa segunda opção que virou a primeira, mas acho que em Santa Luzia qualquer sítio é bom para comer polvo. Só que este sítio reinventou-o... e muito bem.

El Colesterol - Fomos a primeira vez no ano passado e pronto, passou directamente para a lista dos obrigatórios. Fica em Huelva (Espanha) e vale a pena a viagem. Tem carne que contém todos os predicados que consigam encontrar (positivos, bem entendido).

Pedro - Fica em Cabanas. Quando comecei a namorar com o Ricardo iamos sempre, sempre, sempre lá. Tem um arroz de lingueirão maravilhoso, entre outros pitéus. Mas houve um dia em que a maior barata do mundo apareceu numa parede e... pronto. Nunca mais lá fui. Eles não têm culpa, eu sei, todo o Algarve está minado desta bicheza (e Lisboa idem) mas aquela imagem não me saiu mais da cabeça e há coisas que não conseguimos mesmo contornar. Espero que desapareça porque o Pedro era mesmo (e acredito que continue a ser) muito bom.

Captura de ecrã 2019-08-14, às 15.28.19.png

Pezinhos n'Areia

 
 

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