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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Nem sempre a vida segue os planos (mas pode sempre haver um plano B)

Tínhamos um fim-de-semana marcado no Alentejo para celebrar 17 anos de casamento. Desta vez, não íamos comemorar a dois mas a seis. Malas feitas, tudo pronto. Mas o Manel, que estava doente há uns dias, em vez de melhorar, piorou. Sexta-feira piorou tanto que foi internado, no SO de Santa Maria. Passámos lá a noite, por prevenção, porque a consequência da infecção que ele tem podia ser muito grave.

Dizemos muitas vezes mal do nosso Serviço Nacional de Saúde mas quanto a mim, a coisa é simples: sempre que o caso é sério recorro ao SNS e não ao privado. E nunca me arrependo. Sexta-feira foi igual. Uma palavra de agradecimento à minha querida amiga e pediatra Ana Tavares, que ao telefone me disse "se fosse meu filho ia já à Estefânia ou a Santa Maria". E, a seguir, mais palavras de agradecimento a todos os que nos acompanharam em Santa Maria, desde a pediatra Joana Fermeiro, à cirurgiã Marta Janeiro, sem esquecer a médica que fez as ecografias, Dulce Antunes, e todas as enfermeiras cujo o nome não consegui reter (mas todas atenciosas e eficientes e simpáticas - assim custa muito menos).

A noite passada no SO foi como são as noites com um filho internado, ruim. Mas no sábado de manhã a ecografia que lhe fizeram já não mostrava um cenário tão negro e, por isso, pudemos vir para casa. Com medicação e repouso absoluto, mas em casa. Um alívio.

Daí a um bom bocado, tocaram à porta. E era a surpresa do meu marido que, apesar de estarmos casados há 17 anos, consegue sempre a proeza de me surpreender. 

17 anos de casamento são 204 meses.

17 anos de casamento são bodas de rosa.

E então lá chegaram, pelas mãos de um senhor visivelmente em dificuldades para carregar aquele cesto gigante, 204 rosas, uma por cada mês dos nossos 17 anos casados.

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Foi então que fiquei a saber que as 204 rosas estavam já encomendadas a outra empresa, do Alentejo, para entregar na herdade onde íamos ficar. Com o súbito internamento do Manel, o Ricardo teve de se mexer para mudar os planos, ao mesmo tempo que geria a sua própria angústia por ter o filho no SO. Nem tenho palavras. Sacana, supera-se sempre! 

E, apesar da imprevisibilidade da vida, a surpresa foi feita, a festa foi adaptada, este dia tão especial para todos nós foi celebrado.

 

O Manel está a melhorar. E nós já estamos de olhos postos no próximo aniversário (eu estou especialmente ansiosa pelas Bodas de Ouro, já imaginando 50 anos a multiplicar por 12 meses, o que perfará 600 meses e... 600 barras de ouro! Pena que já estarei demasiado idosa para usufruir... 😂)

 

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