Mati, o carinhoso
Num destes dias em que fomos levar a Mada à escola, o Mateus chamou-a quando ela estava mesmo já a entrar no portão. Correu para ela e deu-lhe um grande abraço, daqueles apertados, com a cabecinha encostada à barriga dela, e olhos fechados. Ela só não derreteu logo ali porque tem um esqueleto que a manteve de pé. Eu idem. Olhei para a cena e fiz um "ooooh" embevecido. Nisto, ele olhou para mim, largou-a, correu na minha direcção e deu-me um abraço idêntico.
- És tão querido, Mati - disse eu.
De seguida, ele rodeou-se com os seus próprios braços e exclamou:
- Agora... um abraço a mim próprio.
Morri.
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