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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Lhônte

O Mateus deixou a cama de grades.

Não foi um passo intencional, foi mesmo porque no outro dia vomitou na cama e não teve outro remédio senão dormir na cama grande que lhe estava destinada. Como gostou, ficou. Nessa primeira noite caiu da cama duas vezes (não foi grave porque, antecipando essa possibilidade, enchi o chão com cobertores e almofadas) mas na noite seguinte já tinha uma daquelas barreiras para evitar que a cama se transforme num precipício (pode não magoar mas dá um cagaço desnecessário enquanto se dorme).

Há duas noites, o Mateus estava na sala e, às tantas, deu um beijinho a cada um de nós, chegou ao corredor, olhou-nos e disse: "Lhônte!" Para quem não sabe Mateusês, "lhônte" quer dizer "boa noite".

E assim foi. Disse "lhônte" e sumiu pelo corredor fora. Achámos que tinha ido até ao quarto mas que em menos de nada estaria de volta. Não voltou. Quando o fomos procurar, lá estava ele a dormir profundamente na sua cama nova. Rapazinho decidido e autónomo.

Claro que em breve começarão as excursões até ao nosso quarto a meio da noite, o que não terá tanta graça. Mas se me disser "lhônte" com aquele ar docinho... conquista-me em três tempos.

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