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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Galp, a Luz dos Portugueses, e a luz do Duarte

Está quase a fazer um ano que arrancou a  campanha "A Luz dos Portugueses" (Janeiro de 2018). Um ano inteirinho em que a Galp ofereceu um mês de electricidade grátis a todas as famílias dos bebés que nasceram no dia 1 de cada mês. O objectivo da campanha é o alerta para a queda da natalidade que, no nosso país, é verdadeiramente assustadora.

E é também desde Janeiro que o Cocó na Fralda não quis deixar de se juntar a esta iniciativa e, em colaboração com a Galp, tem a decorrer um passatempo (que se repete todos os meses até ao final do ano), em que um bebé nascido em cada mês (e sorteado via random) ganha uma sessão de Baby Art, com a talentosíssima Raquel Brinca

No mês de Novembro ganhou o pequeno Duarte.

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O Duarte acabou de nascer mas a sua história começou em 2004. Nisso os pais concordam. Já no dia e no mês... mais ou menos. A Marina diz que tudo começou a 28 de Julho, o Bruno insiste no 6 de Agosto. Ele diz que começaram a namorar a 6 e que ele foi viver para casa dela a 8 , dois dias depois. Ela leva as mãos à cabeça. "Tu só foste lá para casa em Setembro!" Bruno sorri: "Não tenhas vergonha... Foi no dia 8 de Agosto que eu levei um par de meias, um par de cuecas e a escova de dentes para tua casa." Interrompemos a discórdia familiar para desmerecer as datas. O que importa é o onde e o como. "Foi no Gringos, numa lady's night. Eu estava um bocado em baixo, conhecemo-nos e ela passou o tempo todo a ver se me animava. A alegria dela chamou-me logo a atenção." E à Marina, o que foi que lhe causou impacto? Ela solta uma gargalhada: "No dia seguinte, quando ele me ligou a agradecer por ter sido simpática... não fazia a mínima ideia de quem se tratava." Riem ambos do infortúnio inicial do Bruno. "A seguir ainda me dificultou a vida. Convidei-a para um café, disse que não podia, tive de insistir. Finalmente lá consegui!"

Bruno não se pode queixar. Foi tudo rápido, mesmo rápido. Ela já tinha um filho, o Diogo, então com 3 anos, mas isso não o assustou até porque, fosse por coincidência ou teimosia do destino, várias namoradas anteriores também já tinham filhos. "Ela ter um filho não custou nada, foi só fazer maratonas a ver 'Lilo & Stitch'. Acho que vi aquilo umas 50 vezes. E pronto. Conquistei-o. Fácil. O pior é que eu vivia em Odivelas e ela em Queluz. E, na altura, como não tinha carro tive de andar muito a pé e de transportes. O que eu sofri para ir ter com ela!"

Bruno e o filho de Marina deram-se logo bem. Melhor até do que ele e a mãe. "Nesse Natal o Diogo pediu logo para me chamar "pai". Comoveu-me porque sempre quis formar uma família. Era o meu sonho. Mas não foi fácil. Porque eu e a Marina começámos a viver juntos ainda antes de nos conhecermos como deve ser. Houve muitas alturas em que pensámos que não ia dar certo. Ela é muito responsável. Eu era mais de brincar, curtir e gastar. Ela teve de me educar e domar." Marina confirma: "Está 200% melhor. Mais trabalhador, mais atinado. Se eu soubesse que ter filhos ia trazer-lhe toda esta responsabilidade tinha tido mais cedo!"

O primeiro filho do casal, Salvador, nasceu há 4 anos. A vida não estava propriamente estável mas foi planeado e uma alegria para todos. Marina tinha acabado de ficar sem emprego, com a falência da empresa em que trabalhava, a arder com 9 mil euros de ordenados em atraso. Nesse mês engravidou do Salvador. "E tínhamos acabado de comprar o carro!", relembra Bruno, que gosta de relembrar tudo por que já passou para que nada se perca da memória. Afinal, a vida a dois também é feita de desaires, de revezes, para depois virem também as conquistas, os êxitos, as alegrias. 

Quando engravidou do Duarte, Marina estava a trabalhar apenas há 9 meses, na cafetaria de uma grande superfície. Pensou que a iam despedir mas, contra todas as suas expectativas, passaram-na a efectiva. A gravidez do Salvador tinha sido fácil, a do Duarte foi cansativa e sobressaltada. "Como tive diabetes gestacionais tive de fazer muito mais consultas e ecografias e uma série de exames. E apanhámos não sei quantos sustos. Primeiro disseram que ele tinha um rim maior do que o outro, que podia ter de ser operado. Depois, afinal já não era nada. A seguir disseram que tinha a cabeça muito grande. Duas semanas passadas já estava normal. Fiz para aí umas 10 ecografias. E às vezes já tinha saído e estava cá fora a tratar da papelada quando me mandavam entrar de novo, para ver melhor não sei o quê. Isto cria uma ansiedade brutal."

Felizmente, não passaram de sustos. Duarte nasceu a 20 de Novembro, de 38 semanas. O parto foi induzido porque diziam que ia ser um bebé muito grande. Era melhor assim. "Nasceu com 3,595kg. Se calhar tinha mesmo sido enorme se tivesse nascido quando era suposto mas arrependi-me um bocado. Paciência. Foi parto normal e correu tudo bem. Foi mesmo fácil. Às 9h da manhã induziram e ele nasceu às 2:46 da manhã. A certa altura, mesmo perto do parto, não encontravam os batimentos cardíacos dele e percebi que estavam aflitos e a ponderar uma cesariana de urgência. Foi quando eu disse que tinha de começar a fazer força que ele ia nascer! E nasceu!"

Duarte é o benjamim de uma família que nasceu algures entre Julho e Agosto de 2004, ainda está por apurar. Tem muitos colos ao dispor, um irmão com 17 anos que vai ser uma espécie de "irpai" e um mais pequenino com quem vai poder brincar. E os pais, claro, que estão embevecidos com ele e com a família querida que criaram.

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Já estão abertas as inscrições para os bebés nascidos em DEZEMBRO!

Quem quer fazer uma sessão com a Raquel, quem é?

Já sabem como funciona: enviam um email para sonia.morais.santos@gmail.com com a data de nascimento do vosso rebento, e também o número de telemóvel (pais que acabaram de ter bebés podem não ligar muito ao email e depois para entrar em contacto é um sarilho). Em seguida, o vencedor é escolhido via random.

A Galp tem proporcionado momentos lindíssimos que nos fazem ter vontade de procriar (eu pessoalmente sinto-me uma heroína por ter conseguido resistir à tentação, apesar de tanto bebé querido que tem passado por aqui).

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