Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Galp, a Luz dos Portugueses, e a luz da Luísa

Já decorre desde Janeiro de 2018 a campanha "A Luz dos Portugueses", em que a Galp oferece um mês de electricidade grátis a todas as famílias dos bebés que nasçam no dia 1 de cada mês.  Basta ir AQUI e ver as condições e a forma de se inscreverem.

O objectivo da campanha é o alerta para a queda da natalidade que, no nosso país, é verdadeiramente assustadora.

Tal como já expliquei, o vosso Cocó na Fralda não quis deixar de se juntar a esta iniciativa e, em colaboração com a Galp, lançou um passatempo (que se repete todos os meses até ao final do ano), em que um bebé nascido em cada mês (e sorteado via random) ganha uma sessão de Baby Art, com a talentosíssima Raquel Brinca

No mês de Maio ganhou a pequena Luísa

HUG_3776-GALP1.jpg

 

Nasceu a 5 de Maio, às 20:03h, com 2,750kg, de parto natural.

Luísa fez a vontade aos pais e não os deixou em ânsias muito tempo. Quando quiseram ter a irmã, Benedita, os pais tiveram de tentar a gravidez durante um ano. Por isso, e antevendo um ano (ou mais de espera), decidiram antecipar a tentativa. Só a planeavam para daí a um ano mas começaram a tentar logo. Quando foi à médica para anunciar a decisão, ela disse-lhes que uma gravidez nunca tinha nada que ver com a outra, e que o facto de terem demorado para engravidar à primeira não era razão para achar que ia acontecer o mesmo da segunda. Ana sorriu e aproveitou para se queixar de alguns enjoos, talvez fosse alguma gastroenterite. Não era. Era já a Luísa.

Ana e Tiago, os pais, viveram juntos antes mesmo de se conhecerem, numa espécie de mundo ao contrário. "Quando estava na faculdade e mesmo depois, quando já trabalhava, partilhava casa com amigos em Lisboa, porque sou de Coimbra. Entretanto vagou um quarto temporariamente, porque um amigo nosso foi uma temporada para Londres, e o Tiago veio ocupar o quarto. Eu andava numa fase de tanto trabalho que a última coisa que me apetecia era chegar a casa e fazer conversa de circunstância. De modo que andei a evitá-lo. Até que um dia houve um jantar e conhecemo-nos, no restaurante."

Não foi amor à primeira vista. Na verdade, nem à segunda. Ana começou por o achar antipático, depois passou a sentir por ele apenas uma leve irritação. Ele, por seu turno, achava-lhe graça. Consultor tecnológico, gostava de a ouvir contar histórias do escritório de advogados, onde ela odiava trabalhar. "Estudei Direito mas não gostei nada de ser advogada. Nunca fiz um processo em que achasse que a razão estava do meu lado. Nenhum. Defendia pessoas ou empresas sabendo que a razão não estava do lado delas, o que me trazia um profundo desconforto. Lembro-me de uma senhora que tinha ficado cega ao abrir uma garrafa e eu estava a descartar a responsabilidade da empresa... não era para mim." Quando abriu um concurso para uma empresa pública, não pensou duas vezes. Tornou-se jurista. "Agora o meu trabalho é interesse público e sinto-me do lado certo."

A Benedita é a primeira filha e tem 18 meses. A gravidez tardou mas o parto foi facílimo. A parte mais exigente levou não mais de 10 minutos: "Tive três contracções para ela sair e pronto." A Luísa já foi diferente. A gravidez não se fez esperar mas não foi fácil. Por culpa de duas infecções respiratórias, Ana tinha muita tosse, o que provocava contracções. Ficou de baixa desde os 4 meses, com indicação de repouso. E, para lhe provar que de facto não há duas experiências de maternidade iguais, o parto também não foi o mar de rosas do anterior. Havia muitas cesarianas a acontecer ao mesmo tempo, as enfermeiras não tinham mãos a medir, e a primeira dose de epidural foi dada quando Ana já amarinhava pelas paredes. Mais tarde precisou de um reforço da dose e, ainda mais tarde, outro. Este segundo reforço não parecia surtir efeito e então deram-lhe uma dose generosa. "Tive uma espécie de overdose daquilo. Não conseguia falar, não me conseguia mexer, não mexia os braços. A frequência cardíaca baixou muito, a tensão também. Mas a dilatação estava completa e a médica mandou-me para a sala de partos. Eu só perguntava: 'eu nem me mexo como é que vou fazer força??' A enfermeira só me criticava, dizia que estava a fazer tudo mal. Entretanto carregou-me na barriga e eu comecei a vomitar. E ela gritava: faça força! E eu só pensava: mas que filme de terror é este?"

Assim, talvez por isso, Ana lembra-se de se emocionar muito com o nascimento da Benedita mas, desta vez, por muita emoção que existisse quando viu a pequena Luísa, o que recorda mais é a sensação de alívio por aquilo ter acabado: "Quando foi da Benedita eu estava tão bem que até fui eu que a puxei cá para fora. Desta vez ainda pensei pedir à médica mas sentia-me tão cansada que tive medo de não conseguir."

Feitas as contas, o que importa mesmo é que Luísa nasceu bem, linda, com saúde, calminha como a irmã não foi. A Benedita adorou conhecer o novo elemento da família e os pais, que achavam que ela não compreendida toda a conversa sobre o bebé que aí vinha, ficaram surpreendidos com a naturalidade com que a Benedita a recebeu, só festinhas e beijinhos. "E é muito compreensiva com a irmã... se ela está a chorar percebe perfeitamente que tenhamos de deixar de fazer o que estávamos a fazer com ela e é mesmo a primeira a exclamar: vão, vão, a mana está a chorar!"

Ana gostava de ter mais filhos. Tiago diz que isso é "impossível". A ver vamos. Para já, é desfrutar destes momentos que, como sabemos, são únicos. 

HUG_3798-GALP.jpg

HUG_3818-GALP.jpg

HUG_3883-GALP.jpg

 

Já estão abertas as inscrições para os bebés nascidos em Junho!

Quem quer fazer uma sessão com a Raquel, quem é?

Já sabem como funciona: enviam um email para sonia.morais.santos@gmail.com, com a data de nascimento do vosso rebento, e também o número de telemóvel (pais acabados de terem bebés podem não ligar muito ao email e depois para entrar em contacto é um sarilho) e depois o vencedor é escolhido via random.

Obrigada, Galp, por esta oferta aos pais! Tem sido maravilhoso perceber como ficam felizes com o resultado final.

E obrigada, Raquel Brinca, pelo profissionalismo de sempre.

3 comentários

Comentar post