Dia do Livro, no Chiado
Ontem tinha marcado na agenda a "obrigatoriedade" de ir ver a minha amiga Anabela Mota Ribeiro em mais edição da iniciativa Ler no Chiado. Nunca consigo porque às 18.30 ando geralmente afanada a entregar e recolher miúdos nas suas actividades (em modo Ambrósio, portanto, mas sem Ferrero Rocher) mas ontem tinha prometido a mim mesma que iria. Estaria no meu escritório, seria só descer a rua, um dos irmãos levaria a Mada ao piano, e pronto. Feito. Só que, claro, aconteceu o Mateus ficar doente, eu ter de ficar em casa com ele, não indo ao escritório, e pronto. Estava quase desfeita a promessa. Mas depois lá consegui desenvencilhar-me e ir. E ainda bem. Foi um prazer ouvir falar de livros que mudaram vidas, modos de pensar, formas de escrever.
A Anabela, desta vez, tinha desafiado cada convidado (Andrea Zamorano, Rita Taborda Duarte, Marta Hugon e João Tordo) a levar 4 ou 5 livros da sua vida - um pedido sempre difícil, quando se gosta de ler e se acaba por ter tantos livros que marcaram a vida. Para mim é sempre difícil, para não dizer impossível, mas eu também sempre fui incapaz de dizer "a minha melhor amiga" (tirando os anos da primária) porque tinha sempre a sensação de que a amizade não tinha rankings e gostava de várias pessoas com a mesma intensidade.
Ainda assim, eles cumpriram. Explicaram que não foi fácil e até houve quem garantisse que se o pedido tivesse surgido noutra altura da vida, outros livros teriam sido escolhidos. Tudo depende da maturidade, da fase que se está a atravessar, do percurso que vai sendo traçado.
A Andrea Zamorano escolheu "O macaco e a Essência", Aldous Huxley; "A Ópera do Malandro", Chico Buarque, e "Essa Terra", António Torres.