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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Dia do Livro, no Chiado

Ontem tinha marcado na agenda a "obrigatoriedade" de ir ver a minha amiga Anabela Mota Ribeiro em mais edição da iniciativa Ler no Chiado. Nunca consigo porque às 18.30 ando geralmente afanada a entregar e recolher miúdos nas suas actividades (em modo Ambrósio, portanto, mas sem Ferrero Rocher) mas ontem tinha prometido a mim mesma que iria. Estaria no meu escritório, seria só descer a rua, um dos irmãos levaria a Mada ao piano, e pronto. Feito. Só que, claro, aconteceu o Mateus ficar doente, eu ter de ficar em casa com ele, não indo ao escritório, e pronto. Estava quase desfeita a promessa. Mas depois lá consegui desenvencilhar-me e ir. E ainda bem. Foi um prazer ouvir falar de livros que mudaram vidas, modos de pensar, formas de escrever. 

A Anabela, desta vez, tinha desafiado cada convidado (Andrea Zamorano, Rita Taborda Duarte, Marta Hugon e João Tordo) a levar 4 ou 5 livros da sua vida - um pedido sempre difícil, quando se gosta de ler e se acaba por ter tantos livros que marcaram a vida. Para mim é sempre difícil, para não dizer impossível, mas eu também sempre fui incapaz de dizer "a minha melhor amiga" (tirando os anos da primária) porque tinha sempre a sensação de que a amizade não tinha rankings e gostava de várias pessoas com a mesma intensidade. 

Ainda assim, eles cumpriram. Explicaram que não foi fácil e até houve quem garantisse que se o pedido tivesse surgido noutra altura da vida, outros livros teriam sido escolhidos. Tudo depende da maturidade, da fase que se está a atravessar, do percurso que vai sendo traçado.

A Andrea Zamorano escolheu "O macaco e a Essência", Aldous Huxley; "A Ópera do Malandro", Chico Buarque, e "Essa Terra", António Torres.

A Rita Taborda Duarte levou o "Acto Ciclópico", Luiza Netto Jorge e Jorge Martins; o conto "Saudade", Tchekov; "Ana Karenina", Tolstoi; e "Vita Nuova", Dante.
Os livros mais marcantes para Marta Hugon foram: "The Plumed Serpent", D.H. Lawrence; "Disse-me um Adivinho" Tiziano Terzani; "Author, Author", David Lodge; "Os Livros da Minha Vida", Henry Miller.
Por fim, João Tordo, falou de "Moby Dick", Melville; "O Ano da Morte de Ricardo Reis", José Saramago; "A Trilogia de Nova Iorque", Paul Auster; "Os Detectives Selvagens", Bolaño; "Expiação", Ian McEwan. Mas também falou de Crime e Castigo, de Dostoievski, que leu aos 13 anos e o marcou indelevelmente.
 
Um prazer ouvir falar de livros. Um prazer ver a Anabela a moderar (e a ler um excerto de "Dom Casmurro", Machado de Assis, um dos livros da sua vida). Um prazer que tenho mesmo de repetir mais vezes. 

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O próximo Ler, no Chiado (na Bertrand do Chiado) é dia 14 de Maio, dedicado aos poetas brasileiros: Chico Buarque, Vinicius de Moraes, Manuel Bandeira, Drummond de Andrade.
 
 

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