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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Da vidinha

Olho para a página em branco. O cursor a piscar. Releio os emails que perguntam se está tudo bem, que não tenho escrito. Penso: tenho de escrever. Mas... escrever sobre o quê? Os dias correm, eu corro, oriento ideias, apresento propostas, respondo a emails. Vou buscar os miúdos, dou banhos, faço jantares. O normal. A vida de todos os dias. Nada a registar. Os miúdos estão bem, o clavículas está melhor, tenho 50% dos filhos de férias, e a outra metade na escola. O Mateus começou o período intercalado de praia/piscina na escola, um dia praia, no dia seguinte piscina, lá vai ele todo contente, eu a dizer adeus e ele sentadinho na camioneta a acenar, e depois aquele apertozinho, espero que corra tudo bem, caraças, espero que cheguem bem, que não se afogue ninguém, que voltem todos inteiros. A minha sobrinha passou a primeira noite sem oxigénio, desde sábado que não conseguia respirar sem ajuda, internada no hospital, que inferno. Felizmente começa a passar. Ontem fui à Antena 3, ao programa Prova Oral do Fernando Alvim. Falar sobre o Pedro e o seu último livro, "Não Respire", com o filho, António Maria, com a Joana Stichini Vilela e com o João Gobern. Recordámos momentos, histórias, recordámo-lo, o que é sempre um prazer. Consegui não me comover, consegui transmitir apenas a alegria imensa que foi conhecê-lo há mais de 20 anos e o amor que tinha por ele. Mas depois passei uma noite péssima. Sonhei muito. Sonhei imenso. Pesadelo primeiro, sonho a seguir, tudo muito agitado, muito intenso. Acordei cansada, com dor de cabeça. Isto ainda está tudo muito fresco, é normal, nós é que temos pressa em ficar bem, limpos de qualquer vestígio de tristeza, como se a tristeza não fizesse parte da vida e não pudesse coexistir com a alegria. Nem tudo é sorrisos e galhofas, nem tudo são nuvens negras, bastava aceitar isto com serenidade e tudo seria mais fácil. Tenho imensa coisa para escrever, não para aqui, e muita coisa para preparar para a rentrée. E hoje joga Portugal, e vamos reunir uma grupeta pequenina aqui no The Woffice para torcer pela selecção. Era tão lindo se ganhássemos, era tão bom se ganhássemos isto também. Estou a ler um livro óptimo, da Dulce Maria Cardoso, "Os Meus Sentimentos". Queria levá-lo lido ao próximo Clube de Leitura, vamos ver se consigo. Sexta-feira talvez vá trabalhar para a praia, estou branca como uma lula, por que não aproveitar não ter chefes e horários e um poiso obrigatório para ir fazer o que é preciso na praia? Sábado vou ao Corações com Coroa Café, conversar com a Catarina Furtado e outras convidadas sobre os direitos das crianças. E no domingo tenho um almoço de aniversário e um babyshower. E começa o Rock in Rio, e lá vamos assistir a concertos e laurear a pevide. O Manel tem amanhã o primeiro exame e na próxima semana o segundo. Depois parte para o Algarve e o meu coração volta a ficar inquieto. Depois lembro-me que o Pedro Rolo Duarte deixou o filho ir viver 2 anos para a Austrália quando ele tinha 16 anos (a idade do Manel) e sinto-me ridícula. Tomara eu que eles voem, que se desafiem, que saibam aproveitar o tanto que a vida tem para oferecer. Que não tenham medo. Ou que tenham, mas saibam enfrentá-lo, vencê-lo. E agora até logo que vou ver o jogo!

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