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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Comer menos carne

Não faço ideia quanto tempo irá durar esta minha tentativa. Sim, eu sou pessoa que tenta coisas. Tenta correr disciplinadamente (já consegui e até já fiz maratonas mas agora ando com pouca vontade), tenta beber mais água, tenta reduzir o tempo nas redes sociais (umas vezes com sucesso outras nem tanto), tenta, tenta, tenta. Entre o que falho e o que cumpro acho que o balanço acaba por ser sempre positivo. Vale sempre a pena tentarmos, mesmo que acabemos por não conseguir, do que não tentarmos sequer.

Este ano, entre outras intenções a que me propus (sem pressão), queria que comêssemos substancialmente menos carne cá em casa. A carne anda a enojar-me há já algum tempo (menos quando me aparece um bife suculento à frente dos olhos e aí... não resisto) e tenho lido alguns estudos e visto alguns documentários que apontam no sentido de que a redução do consumo de carne (a par com outras - muitas outras - medidas, como a reciclagem, a utilização de transportes eléctricos, a eliminação do uso do plástico, entre outras) é importante para reduzir a emissão de gases nocivos para o planeta e, além do mais, um benefício para a saúde.

Não estou a dizer que vou deixar de comer carne, que me vou tornar vegetariana ou até vegana, por isso escusam de começar já a atirar pedras (a malta que faz estas opções é invariavelmente acusada de fundamentalista, maluca, tarada, freak - não deve ser fácil aturar tanto preconceito). Vou apenas tentar (repito TENTAR) reduzir o consumo de carne que, na minha casa, é um exagero.

Hoje fiz uma receita de Esparguete à Bolonhesa mas sem carne.

Num tacho cozi o esparguete integral (mas pode ser esparguete normal ou até macarrão ou outro tipo de massa).

Noutro tacho fiz um refogado (azeite, cebola e alho). Quando estava a ficar lourinho, deitei lentilhas encarnadas lá para dentro (demolhei-as primeiro mas já percebi pelos comentários a uma foto que pus no Instagram que não era preciso). A receita que li dizia para deitar uma chávena mas deitei o pacote inteiro (somos muitos e gente que come generosamente). Mexi, deixei amolecer, juntei sal, e depois juntei 4 tomates picados e um frasco de polpa de tomate (repito: somos 6). Mexi e... antes que desse por isso estava pronto!

Para primeiro prato fiquei contente. Além de estar muito gostoso foi muito rápido. A ideia que tenho dos pratos vegetarianos ou veganos é que são muito complicados e levam muito tempo e exigem compras de produtos bizarros em locais exóticos onde não tenho a mínima paciência e disponibilidade para ir. Quanto aos outros clientes cá de casa... bom. O Ricardo adorou (mas é um público relativamente fácil, o homem até de comida estragada gosta), a Mada e o Manel também gostaram muito. O Martim ficou irado quando percebeu que o esparguete à bolonhesa não era o seu adorado e o Mateus, que copia tudo o que o seu ídolo faz, meteu uma garfada na boca e ficou com aquilo a empolar até o mandar deitar fora (que já me estava a enervar). 

Felizmente fiz uma sopa que servi a todos primeiro. Assim, os dois difíceis não saíam da mesa de barrriga vazia. Será sempre assim, no dia em que inventar pratos novos a que não estão acostumados. Em breve tentarei outras coisas. Se souberem de sites que me possam ajudar agradeço muito!

Fiquem então com a cara de nojo do Mateus, na degustação do seu primeiro prato vegetariano/vegano.

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