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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

😔

E ontem... de novo. 

Em Fevereiro do ano passado, quando estivemos em Barcelona para a maratona, eu e o Ricardo comentámos um com o outro: "Um dia ainda um daqueles assassinos entra pelas Ramblas a matar gente". Foi ontem. E foi dilacerante. E, sim, é óbvio que nos dói mais quando é mais perto, quando é um sítio aqui ao lado, quando é um lugar que conhecemos e onde já fomos felizes. Claro que nos magoa sempre a morte de inocentes, mas desde sempre que sentimos mais quando, de algum modo, existe um processo de identificação. Sim, as mortes em Ouagadougou também nos incomodam. Mas não como em Barcelona, porque em Barcelona podíamos ser nós. E em Ouagadougou podíamos menos ser nós. 

Ontem doeu como doeu Paris. Ontem fiz 19 anos de namoro e, por coincidência, fui pedida em casamento em Barcelona. É uma daquelas cidades onde não me importava de viver. Onde já estive nem sei quantas vezes. 

Tenho cada vez mais a sensação de que não estamos seguros em parte alguma. Sim, é o que eles querem. Infelizmente estão a conseguir. A nós resta-nos continuar a viver, a viajar e a aproveitar cada momento, sem cedências. 

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