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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Eutanásia

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O assunto "eutanásia" deu muito que falar cá em casa, com opiniões diametralmente opostas. É interessante ver um filho com 16 anos a defender a sua posição, distinta da dos pais, tentando argumentar com inteligência. Mostra que sente abertura para pensar pela sua própria cabeça, o que é algo que nos enche de felicidade. Ainda que, por vezes, algumas das suas opiniões nos inquietem, o facto de pensar nas coisas, de nos ler em voz alta artigos com os quais concordou, de relatar discussões que teve com amigos e professores, deixam-nos a certeza de estarmos a criar alguém com liberdade de pensamento e raciocínio.

Quanto ao assunto propriamente dito, lamento o chumbo tanto quanto lamento quando oiço alguém do lado oposto dizer que "é pela vida", como se os que defendem um fim digno fossem "pela morte". 

Para mim é bastante óbvio que se trata de uma questão de liberdade. Ninguém obrigaria ninguém a ser eutanasiado. Porém, ao contrário, este chumbo obriga-nos a ficar vivos mesmo que a nossa vida já não seja mais do que sofrimento, dor excruciante, desespero lancinante. E sim, falamos apenas destes casos, basta ler as propostas. Adoro a argumentação de que passariam a "matar todos a torto e a direito". Falamos apenas de antecipação da morte por decisão "da pessoa com lesão definitiva ou doença incurável e fatal que se encontra em sofrimento duradouro e insuportável". E não me venham falar de cuidados paliativos, por favor. Eles têm melhorado muito, graças ao trabalho extraordinário de pessoas igualmente extraordinárias. Mas todos sabemos que há dores que não passam nem com as doses máximas de morfina possíveis de ministrar. Dores físicas inimagináveis e dores psicológicas indizíveis. Que muitos podem tolerar até ao último suspiro, admito que sim, sem querer abreviar a existência. Mas... e aqueles para quem a existência assim feita de dor (e sem esperança em melhoras mas com o fim à vista) não faz qualquer sentido? 

Surpreende-me o chumbo porque agora vou viver num país meio esquizofrénico em que o aborto é possível e a eutanásia não. Ora, em última instância, o aborto é a decisão de alguém sobre uma vida que não é a sua. E a eutanásia é a decisão do próprio sobre a sua própria vida. Portanto vivo agora num país onde é legítimo (e legal) terminarmos uma vida que não é a nossa, mas é ilegítimo (e ilegal) decidirmos quando devemos terminar a nossa própria vida? Wow. 

Por fim, uma última questão: todos sabemos que quem tem possibilidades financeiras vai continuar a morrer com dignidade. Na Suíça, na Holanda, na Bélgica. E que, quem não as tem, é quem fica condenado a um fim tortuoso. Tal como antes da aprovação do aborto. As mulheres com dinheiro (e muitas anti-aborto) iam fazê-los a Espanha, em clínicas de luxo. As outras, as pobres, faziam-no em vãos de escada, morrendo tantas vezes em consequência da falta de condições. 

Assim continuaremos. Tenho pena.

Dia do Filho Único (DFU)

Fui buscar a Mada à escola e depois fomos até às docas. Ela não fazia ideia do que íamos fazer. Sabia que íamos fazer um programa de miúdas mas mais nada. Mal parámos a mota, porém, percebeu. Viu passar um Hippotrip e perguntou um entusiasmado "vamos andar?" Fomos. Logo à chegada fiquei a olhar para o guia com aquela cara tipo "eu conheço-te mas não sei de onde" e ele também. Era um amigo do Ricardo, de longa data, e fez um tour espectacular, super entusiasmado. Aprendemos algumas coisas sobre Lisboa que não sabíamos e recordámos outras que já conhecíamos. A parte mais gira foi quando o carro deslizou a toda a mecha por uma rampa em direcção ao Tejo, transformando-se num barco. Na verdade, aquilo é um barco com rodas e não o contrário, mas como começamos em terra é sempre estranho quando afluímos na água. Quando terminou, jantámos nas Docas. Conversámos, rimos, fomos uma mãe e uma filha. Às vezes é importante deixar o rebanho e cuidar apenas da ovelha. Para a semana há mais, porque os filhos, não sendo todos iguais, têm todos o mesmo direito ao seu tempo, ao seu espaço, ao seu foco.

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Passatempo: Quem quer ir à antestreia do filme Tully?

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TULLY é o novo filme do realizador nomeado para um Óscar®, Jason Reitman (“Nas Nuvens”) e da argumentista vencedora de um Óscar® Diablo Cody (“Juno”).

Marlo (Vencedora do Óscar® da Academia, Charlize Theron) é mãe de três crianças, incluindo um recém-nascido, que vive uma vida muito atarefada, e certo dia, recebe a ajuda de uma ama, por iniciativa do irmão (Mark Duplass), para cuidar das crianças durante a noite. Hesitante de início, Marlo acaba por estabelecer uma ligação com a pensativa, surpreendente e às vezes desafiadora ama Tully (Mackenzie Davis).

 

Vejam o trailer e digam lá se não se revêem em moooontes de cenas? E é só um trailer! Já lá estou batida!

Ora, a vossa Cocó tem 10 convites duplos para Lisboa e 10 convites duplos para o Porto.

A antestreia é no dia 6 de JUNHO, às 21.30.

Em Lisboa, no UCI (Sala 9).

No Porto (Matosinhos) - Norte Shopping (Sala 7).

Preencham o formulário em baixo. O vencedor será encontrado via Random. Façam-me só um favor: preencham apenas se tiverem efectivo interesse em ir. Há imensa gente que se inscreve nestas coisas só porque sim, depois chega o dia e... ah, afinal não, esqueci-me que tenho a sopa ao lume.  

 

Onde está o Wally?

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Hoje em dia, descobrir onde está a mensagem que não sei quem me enviou é uma espécie de "Find Wally" desesperante. Terá sido no email? Em qual das contas? Ou terá sido no WhatsApp? Por SMS? Ou será que foi via Messenger? E, se tiver sido, terá sido no MSN pessoal ou no do Cocó? Ah, talvez tenha sido via Instagram! 

SOCORRRROOOOOOO!

Casas onde a Cocó não se Importava de Morar #100

É a centésima casa. 

Há por aí pelo menos 100 casas onde eu gostava de morar. 

Gosto muito de morar na minha casa mas há casarões incríveis para onde me mudava já hoje. 

Esta é uma delas.

É uma moradia T4+1 com 503 m2, na Quinta da Marinha, com piscina e vista de mar e golf, inserida num lote de terreno com 2.400m2. Distribui- se em 2 pisos + cave, sendo o piso térreo composto por hall de entrada, ampla sala de estar com lareira e sala de jantar em diferentes níveis, com vidros amplos, o que proporciona uma excelente vista, bem como muita luz; cozinha equipada, lavandaria, escritório, 2 suites com acesso directo para o jardim, casa de banho social.

No 1º piso, 1 suite, 1 master suite com walk-in closet, ambas com terraço e vista de mar, quarto de meditação, observatório com abertura panorâmica no tecto.

Na cave, ginásio com casa de banho completa e banho turco, garrafeira. 2 lugares de garagem. Piscina com pré instalação para aquecimento de água, rega automática, canil, aspiração central, vídeo vigilância.

No jardim passagem directa para o Golf e para um passadiço que contorna a Quinta da Marinha.

Para comprar... é AQUI. Custa 5.500.000€ mas o que é isso para vocês, pessoas?

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Família numerosa: olhar por todos. Olhar por cada um

Decidir ter vários filhos implica a aceitação de um esforço suplementar. Nem é tanto o esforço físico, das refeições, dos banhos, dos estudos. Ou o esforço financeiro, das escolas (que mesmo não sendo privadas requerem livros, cadernos, calculadoras, cenas várias), das refeições (e como comem, quando chegam à adolescência!), das saídas em família ou das festas de aniversário que todos têm (imaginem 4 filhos, todos com os seus amiguinhos, todos com festas de anos, e respectivo presente, em alguns casos jantares para os quais precisam de levar dinheiro... é uma renda). Decidir ter vários filhos implica sobretudo a aceitação do esforço de estar atento a todos e a cada um. E isso é o mais difícil. Ter vários filhos não é ter um rebanho. Ter vários filhos não é gerir uma instituição, um internato, uma tropa. Ter vários filhos implica um cuidado personalizado que, por vezes, é tramado de conseguir. Quando uns têm de estudar, e precisam da nossa ajuda, há outros que estão em défice. Quando escolhemos um determinado programa, uns são favorecidos em detrimento de outros. E este equilíbrio tem de ser feito com conta, peso e medida. Hoje estás tu debaixo do foco. Amanhã está o teu irmão. Depois será a vez do outro. E por aí fora. Sendo que, no meio disto tudo, existimos nós, pai e mãe, como indivíduos e como casal. Há dias em que não apetece ter esse cuidado. Há dias em que só queríamos ficar no sofá, a engolir séries ou a ler livros em barda. É fácil entrarmos em modo autómato, deixando os dias passar e esquecendo cada um em detrimento do grupo. E isso é mau. 

A Mada ontem queixou-se. Pediu atenção. Pediu foco. Felizmente verbalizou-o. Amanhã é o dia dela. Vamos sair as duas, fazer um programa qualquer. Depois será a vez dos irmãos. Decidir ter vários filhos implica este cuidado. Que é fácil perder de vista, no meio do tanto que nos rodeia. 💪

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Foto: After Click 

Apresentação dos novos Solar Boost

A adidas apresentou no sábado os novos ténis de corrida, os Solar Boost. Sou muito franca: acho-os tão ou mais confortáveis (ainda tenho de dar mais umas voltinhas com eles para decidir) que os irmãos Ultra Boost (que eu amo de paixão). Já tinha tentado gostar de outros mas sem sucesso. E, desta vez, fiquei mesmo bem impressionada. Além de lindos são muito bons, mantendo a leveza e a suavidade dos outros. A sola é toda feita de pequenos circulos que parecem perfeitos para absorver o impacto (parecidos com as ventosas nos tentáculos dos polvos). 

Esta apresentação foi acompanhada por um treino pela baixa lisboeta, em que todos os participantes estavam vestidos de laranja (menos alguns dos membros do Correr Lisboa que - já se sabe - estavam com as típicas t-shirts amarelas com o corvo alfacinha). De resto, os atletas presentes eram todos membros deste grupo, e havia também alguns convidados (nos quais me incluía) como Naide Gomes, Dulce Félix, Ricardo Ribas, Susana Costa, Fernando Pimenta, entre outros.

O treino foi uma animação - acabámos saudados entusiasticamente pelos turistas por quem passávamos. No final, o grupo entrou num barco e foi dar um passeio pelo Tejo (eu não pude ir porque tinha um aniversário).

Obrigada à adidas pelo convite! Os ténis só podem ser um sucesso!

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Clube de Leitura: desta vez lemos Tordo

Foi na sexta-feira, na Fnac do Colombo, e desta vez fomos menos - em quantidade - do que temos sido nas outras edições. Muitos dos participantes costumeiros não conseguiram terminar o livro a tempo e a culpa foi um bocadinho minha porque primeiro a Fnac pediu para adiarmos o encontro para Junho e, mal disse isto no nosso grupo de WhatsApp, a malta abrandou MUITO o ritmo de leitura. Depois, afinal foi possível manter o dia e, quando dei a notícia, muitos já não conseguiram ler em tempo útil. 

Ainda assim, éramos 14. A Cristina chegou já no final e os filhos Catarina (9 anos) e João (6) falaram sobre os livros que leram: dois exemplares do Harry Potter. Sobre o Tordo... houve opiniões francamente positivas (a Lurdes teve pena de não ter tido mais tempo para degustar devidamente do livro e a Didi chegou a comover-se com uma passagem que nos leu) e houve outras menos entusiasmadas. Eu gostei bastante, ainda que não tenha ficado arrebatada. Acho que ainda o estou a digerir, para ser franca. Porque é completamente o meu género de livro. A história passa-se em Portugal e no Japão. Em Portugal, nos dias que correm. No Japão, no início do séc.XX. Em Portugal, um professor de Geografia suicida-se numa sala de aula e o narrador do livro, coordenador pedagógico no liceu Camões e alcoólico em recuperação, decide fazer reuniões à semelhança dos AA, para que os professores possam desabafar o que lhes vai na alma. É numa dessas reuniões que aparece Henrique Tsukuda, um japonês com um comportamento estranho que provoca um efeito quase magnético no narrador.

No Japão, cem anos antes, o jovem Katsuro é exilado pelo seu próprio pai, por ter desonrado o nome da família. No ilhéu onde é colocado, luta pela vida e contra a culpa. As duas histórias acabam por se cruzar, assim como se cruzam histórias de amor e incompreensão entre pais e filhos, entre casais, entre amigos. A solidão e a companhia, a sanidade e a loucura, a alegria e a tristeza, e a fina fronteira que separa umas das outras. 

Tal como dizia no início, desta vez fomos menos - em quantidade. Porque a qualidade destes encontros, sejam mais ou menos recheados, está sempre em alta. Desta vez até tivemos direito a mimos especiais (obrigada, Isabel Sobrinho, Didi e Paula). IMG_4077.JPG

Aqui faltam já duas participantes, que tiveram de sair antes da foto: a Rosa e a Diana 

 

Em breve anuncio quando é o próximo encontro!

 

 

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