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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Mulheres inspiradoras: Raquel Brinca

Como já vos contei, o The Woffice está envolvido num projecto que pretende divulgar algumas mulheres inspiradoras. Para isso até pedi a vossa ajuda mas expliquei que algumas das mulheres já estavam definidas por nós à partida, porque as conhecemos e achamos que são realmente um exemplo. É o caso da Mónica Alves Pereira, de quem falei no outro dia (AQUI), e é também o caso da Raquel Brinca. A Raquel é minha amiga, é a fotógrafa que regista alguns momentos aqui para o blogue, conhecemo-nos há uns anos e por que é que ela é assim inspiradora?

Bom, porque se licenciou em Engenharia da Produção, tirou um mestrado em Etologia, estudo do comportamento, foi investigadora, trabalhou com golfinhos e com lobos, mas quando a investigação começou a não a satisfazer decidiu mudar de rumo. Fez formação na área da fotografia, uma paixão antiga, e decidiu atirar-se de cabeça. Deixou um emprego estável, quando já tinha uma filha, e criou a HUG, uma empresa de produções fotográficas que regista momentos especiais de grávidas, bebés e famílias, mas também fotografias de todo o tipo, pessoais ou para empresas, sendo que a menina dos seus olhos é a fotografia de recém-nascidos (o irresistível Baby Art - onde ela pega nos bebés e os aconchega para as fotos de uma forma absolutamente deliciosa).

A Raquel tem 4 filhos e um cão, corre maratonas, e é o pilar da família porque tem um marido cujo trabalho o obriga a passar mais tempo fora do país do que dentro. Ela dá um novo significado às 24 horas do dia e é raro, muito raro vê-la chateada, triste ou de mal com a vida. Mesmo quando tudo lhe cai em cima, ela tem aquele sorriso e aquela graça que fazem parecer que tudo está bem. Gosto muito dela, mesmo quando me diz que tenho cara de choco ou outros mimos semelhantes. De resto, ela é muito parecida comigo, nessa frontalidade quase cruel, e termo-nos tornado amigas foi como se o destino me desse a provar do meu próprio veneno. E sabem o que mais? Não só não me matou como até me tem sabido mesmo bem. :)

Em breve desvendamos todo o projecto. 

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Empresária... mas pouco

Na semana passada tornei-me uma pequena minúscula empresária.

Estava uma pilha de nervos, lá no Registo, porque há papéis oficiais, e opções que têm de ser feitas, e descritivos, e códigos e tem tudo um ar muito sério e mete tudo um bocado de medo.

Felizmente a minha contabilista foi comigo e ajudou em tudo, com uma paciência de santa.

Esta semana eu e o Ricardo almoçámos com ela. Respondeu às 358 perguntas que tinha para lhe fazer sobre emissão de facturas, programa de facturação, pagamentos que posso e que não posso fazer com o cartão da empresa, descontos, IVA, e o diabo e sete. Às tantas, sinto que deixei de ouvir. Quando a conversa se torna demasiado matemática e ela e o Ricardo sacam da máquina de calcular e começam a falar em taxas, percentagens e cenas, eu flutuo para outra dimensão. No meu cérebro de letras erguem-se muros de aço quando os números ganham o protagonismo numa conversa. E isto é assim desde a 1ª classe. Mal a professora dizia "O João tinha 6 laranjas" começava logo a tremer. Afinal, se o João já tinha tido 6 laranjas era certo e sabido que quem estava lixada era eu, a ter de descobrir quantas possuía agora, raios partam o João e as suas manias de perder laranjas ou oferecer aos amigos ou apanhar outras do chão.

Enfim. Sou uma empresária com pouco talento para isto. Teme-se o pior.

Digital Rock Stars Party

Foi na quarta-feira, no Terraço do CCB, e pretendeu reunir os nomeados do prémio Blogs do Ano, da Media Capital.

Fui com a Ana (Pipoca), a Inês e a Raquel, estivemos por lá a confraternizar, e depois acabámos a jantar as quatro e foi a galhofa costumeira.

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 Falando neste assunto... já votaram hoje na vossa Cocó? Não? Eissshhhhh... É votar AQUI, fáxavore.

Ténis personalizados*

Fui de manhã buscar os dorsais para a Meia Maratona de Lisboa (este ano não corro a Maratona, vou só meia e mesmo assim sabe Deus) e estive no stand da adidas onde é possível personalizar os ténis que se comprem. Passo a explicar: neste espaço que a adidas tem na Feira do Corredor, no Meo Arena - Sala Tejo, se comprarem uns ténis podem pedir para os personalizar com a inscrição que quiserem: pode ser o nome do marido, dos filhos, do canário, pode ser uma frase inspiradora, um mantra, um provérbio chinês. Isto é uma acção exclusiva, não disponível em nenhuma loja, e excepcionalmente trazida para presentear os adeptos da corrida. E como é feita esta personalização? Através de uma tecnologia de laser fascinante: eles colocam o sapatinho numa caixa de vidro ou acrílico ou lá o que é, acertam bem no sítio onde querem fazer a inscrição e depois começa a sair um fumo e... voilà! Escusado será dizer que já tenho os meus ténis personalizados!

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Aproveitem!

Além deste mimo, os prdutos de corrida adidas da nova colecção - sapatos e têxtil - estão com 20% de desconto para todos, independentemente de estarem inscritos para a prova ou não.

 

*os ténis foram oferecidos pela adidas (e a menina adorou)

Quem és tu, Mateus? Ou de como isto de ser mãe é uma aprendizagem constante

É impressionante como ao 4º filho uma pessoa ainda se pode surpreender, ainda pode dar por si num desespero, à toa, a reler os livros do Dr. Mário Cordeiro, buscando respostas e uma lógica qualquer. Ser mãe é, de facto, extraordinário nessa surpresa constante, nesse espanto que nunca cessa. Não é por acaso que existem tantos livros, tantos grupos, revistas, blogues, programas de televisão dedicados ao tema. Há mães e pais e filhos desde que o mundo é mundo e cá nos temos safado todos, melhor ou pior. Ainda assim, continuamos sempre em busca de respostas, de apoio, de alguém que se sinta tão perdido como nós. Mesmo que já tenhamos 4 filhos ou 5 ou 10. Só pode querer dizer que a parentalidade é das tarefas mais duras que o ser humano toma a seu cargo. 

Isto para dizer que o Mateus passou, quase de um dia para o outro, de miúdo amoroso para criaturinha insuportável, daquelas que guincha e se atira para o chão perante o meu olhar estarrecido. Nunca tive disto e confesso que tenho muito baixa tolerância a que me gritem, seja um cotomiço de 2 anos seja um adulto de 30. Quando aos gritos se junta um ondular de corpo semelhante ao de uma enguia que o faz sair do carrinho no imediato segundo após ter lá sido posto, e pontapés quando lhe mudo a fralda, e arremesso de objectos (só por sorte não rachou ainda a cabeça a nenhum de nós), posso dizer-vos que a minha disposição não anda famosa. Nunca dei uma palmada a um miúdo tão pequeno, até agora. Ontem ficou uma hora deitado na cama aos guinchos. Resolveu não jantar e exigia o biberão, como se isto fosse assim, à vontade do freguês. Hoje já me brindou com uma birra épica na escada do prédio, quando estava atrasada para levar a Mada à escola. Quanto tempo demorará até que ele compreenda que não cedo a terroristas?

Talvez tudo isto tenha que ver com a mudança de rotinas. Na verdade, sempre que tem havido alterações à rotina ele reage mal. Desta vez pior. Ou então é apenas a proximidade dos "terrible two". Mas não deixa de ser curioso que ao 4º filho ainda dê por mim inundada de assombro, titubeante, abalada por uma mais novidade filial. 

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Mulheres inspiradoras: Mónica Alves Pereira

Lembram-se de vos ter pedido sugestões de mulheres inspiradoras, para um projecto em que o The Woffice está envolvido? Agradeço muito, desde já, as vossas sugestões, enviadas sob a forma de comentário ou email. Aproveitámos algumas - outras ainda irei aproveitar eu para outro projecto, mais tarde. Tal como também vos expliquei nesse post, já tínhamos alguns nomes que, para nós, são incontornáveis. São pessoas nossas amigas e/ou conhecidas e que têm percursos inspiradores. Sem dúvida inspiradores.

Como a Mónica Alves Pereira.

A Mónica é a chef que faz comigo os workshops de cozinha, uma vez por mês.

Muitos de vós já a conhecem dos meus relatos.

Conheci-a num jantar de amigos no ano passado. E fiquei logo encantada pela sua história. A Mónica é uma advogada apaixonada pela cozinha. Um amor que lhe foi transmitido pela avó. Para ela, cozinhar é dar amor, partilhar refeições é partilhar conhecimentos e experiências e - lá está - amor, também. Por causa dessa paixão, a Mónica resolveu participar num concurso de cozinha que passou na televisão. E quando ganhou o Chefs Academy, mudou de vida. Tornou-se chef, abriu um atelier onde dá workshops. Podia ter aberto um restaurante mas preferiu assim. Porque num restaurante não partilharia refeições com clientes. Não partilharia amor.

A Mónica tem, além disso, dois filhos. Um deles nasceu com um problema de saúde chato. Sabem que mais? Isso não se nota nem um pouco nela. A Mónica podia ser uma mulher amargurada, revoltada, ter um ar agastado ou desgastado. E todos lhe perdoaríamos isso. Mas não. Ela é absolutamente alegre, bem disposta, luminosa, com uma energia impressionante. Uma verdadeira inspiração que agradeço ao universo ter-se cruzado no meu caminho. 

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Foto: Inês CM, After Click

 

Em breve... iremos revelar mais sobre a Mónica e também sobre as outras mulheres escolhidas para este projecto em que o The Woffice está envolvido. Fiquem atentos!

O debate

Amanhã - ou melhor, daqui a nada - é que vão ser elas. 

Mas o debate Hillary/Trump é um daqueles momentos da História que não dá para perder.

Hillary... em bom americano, faz-nos a todos um favor: kick his ass!

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É... também me parece que já vai sendo hora de ires andando.

O melhor do mundo

Antes, quando este blogue não era conhecido, podia desabafar sobre as minhas criancinhas. As 50 pessoas que me liam gostavam, reviam-se, não se sentiam tão sozinhas nas suas agruras domésticas e assim se fazia uma bonita terapia de grupo. E grátis.

Agora, ao mínimo desabafo, vem a polícia de costumes insurgir-se contra mim porque:

- tenho 4 filhos que não têm culpa de ter nascido;

- tenho uma boa vida, faria se não tivesse;

- tenho uma empregada, faria se não tivesse;

- tenho filhos saudáveis, faria se não tivesse.

 

De modos que agora só posso dizer como são adoráveis, mesmo que estejam - como estão agora - todos aos gritos uns com os outros, "ele tem tudo em cima da minha secretária!", "ele bateu-me!", tão queridos nas suas idiossincrasias, a miúda possessa a pedir para brincar com ela quando tenho de dar banho ao pequeno e ainda tenho de fazer o jantar, tão opinativa e engraçada, e o bebé que está cada dia mais embirrante, perdão, impositivo, e aquele rasto de migalhas pela cozinha só pode ser interpretado como um divertido jogo que eles deixaram para eu me entreter, amorosos. Doçuras da sua mãe. 

 

 

Coisas que me enervam

Pagamentos a 60 dias.

Pagamentos a 90 dias.

Pagamentos a perder de vista (a ver se caem no esquecimento).

É sempre tudo muito profissional a pedir, a exigir, a pressionar.

Quando chega a hora de pagar... acaba-se-lhes o profissionalismo. 

Como é triste ter de mendigar pelo que nos é devido, caneco.

 

Causas: partilhar ou não

No outro dia falava com um amigo sobre a partilha das causas em que nos envolvemos. Ele defende que devemos envolver-nos sem dizer nada ao mundo, eu acho que nem tanto ao mar nem tanto à terra. Vejamos: estou metida em várias ações solidárias, faço voluntariado com regularidade, faço donativos, tenho pessoas que acompanho de perto. E, no entanto, só em casos pontuais me vêem partilhar aqui uma ou outra acção. Porquê? Bom, porque também acho que estarmos sempre a dizer que fizemos isto ou aquilo soa a bazófia e a show off. E, quando me envolvo, não é esse o meu propósito. Por isso, nesse ponto concordo com o meu amigo. Acho que há momentos que devem ficar só para nós e para as pessoas que ajudámos. Essa intimidade, desses momentos que temos juntos, deve permanecer assim. Íntima. 

Mas... e há sempre um mas... eu acredito no contágio da solidariedade. Isto é: acredito que se partilharmos alguns momentos podemos contagiar outras pessoas a também quererm dar um pouco de si. Por exemplo: no outro dia fui dar sangue. Banal. Nada digno de registo. Houve até alguém que comentou qualquer coisa como "tanta gente que dá sangue e não precisa partilhar nas redes sociais". Absolutamente verdade. Mas - e lá vem o mas - e se o facto de ter partilhado isso levar mais gente a ir dar sangue? Não é para me imitar, isso seria só parvo, mas é simplesmente porque muitas vezes andamos tão distraídos com as nossas vidinhas que nos esquecemo desse gesto tão simples e que pode salvar vidas. Ao ver no blogue que se segue pode fazer uma espécie de clique mental: "Olha, hoje à hora do almoço tenho um tempinho, também vou, bem lembrado!"

O mesmo com o voluntariado. Ninguém tem de saber que acompanho uma idosa para não se sentir só, ou que distribuo comida, ou que doei determinado valor em dinheiro, ou que estou envolvida com a Make-a-Wish. Mas... e se de vez em quando, ao referir determinado momento especial, isso fizer com que mais pessoas se envolvam? E se disser que recebo infinitamente mais do que dou, quando dou, porque nada se compara ao prazer de fazer alguém feliz? Será que isso não vai tocar uma única pessoa? Será que não pode levar mais gente a querer fazer parte de um qualquer movimento que ajude quem precisa? Eu acredito que o amor se espalha. Que há por aí mais gente com vontade de se dar mas que ainda não encontrou a instituição certa, o horário mais conveniente, o modo que melhor lhe sirva. E que os testemunhos de quem contribui para que este mundo não seja tão injusto podem levar mais pessoas a quererem envolver-se também. 

Posto isto... deixo-vos com as imagens amorosas de um dos milhares de desejos realizados pela Make-a-Wish, que tive a felicidade de acompanhar.

O Pedro tinha o sonho de conhecer o chef Henrique Sá Pessoa e de ter um piano. No dia 27 de Julho veio a Lisboa conhecê-lo, comeram panquecas no restaurante do chef (Alma), e quando chegou a casa... estava lá o piano à espera dele. 

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Obrigada à Make-a-Wish pelo trabalho tão bonito.

A felicidade salva. 

 

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