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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Ainda o "meu" Pedro que é o "Pedro da Catarina"

Tenho recebido pedidos e perguntas sobre esta coisa de ter um PT que vem a casa e parece que o link que eu pus não era o mais correcto.
O mais correcto é este: www.treinoemcasa.com

E não, não divulgo por ser "de borla". Pago e pago bem (mas para o que tenho gostado e para a coça que ele me dá até nem acho muito). Mas jamais deixarei de elogiar quem trabalha bem. E não precisam de me pagar para isso, era só o que faltava!


Morreu

Lembram-se da minha Helicobacter pylori? A bactéria que vivia comodamente no meu estômago, sem pagar renda e ainda pondo em causa a minha rica saudinha? Pois bem… faleceu. O meu gastroenterologista receitou-me medicamentos bombásticos para a exterminar mas avisou logo que, às vezes, a fulaninha não era amiga de quinar assim à primeira. Fiz a medicação e, em MARÇO de 2013 fui fazer o exame para detectar se a nojenta ainda vivia ou não.
Acontece que o tempo passou e entre o esquecer-me de lá ir levantar o exame e o ai, hoje não posso, passou… quase 1 ano. Fui hoje. E sinto-me mais satisfeita por não ter aquela desgraçada a viver cá dentro. Menos uma chatice.

Um outro tipo de pedido

A Ana tem o curso de Serviço Social, já trabalhou em várias instituições, e está desempregada. Já procurou, já bateu a portas, mas não encontra trabalho. O email dela tocou-me porque está muito bem escrito e porque espelha a sua vontade de trabalhar bem como o crescente desespero.

Há por aí alguém que precise do trabalho dela?

«Sou uma pessoa igual a tantas outras, não tenho nada para contar que me faça diferente, nem para melhor, nem para pior, mas ainda assim decidi partilhar o meu sonho.

Cresci numa família com alguns problemas, mas sempre tive uma força vinda de não sei de onde que me permitia sonhar ter uma vida mais pacífica e saudável; estudei com o intuito de fazer isso mesmo e também com a perspectiva de trabalhar para e com as pessoas.

Comecei a trabalhar, nunca em condições muito boas, mas sempre numa perspectiva de evoluir e ganhar experiência. Com o passar dos anos, algumas experiências profissionais e pessoais depois, apercebi-me que afinal não gosto tanto assim de pessoas, pelo menos pelas experiências que tive, que a realidade não é quase nunca como eu idealizo e que a força do meu trabalho e determinação nem sempre levam ao sucesso. Tudo bem. 

Com a chama a extinguir-se, ainda tive a coragem de sair do meu anterior trabalho, porque acreditei que quando a nossa saúde mental já é afectada e estamos infelizes, essa é a única coisa que podemos fazer por nós mesmos. Contra tudo e todos (ou quase todos) tomei essa decisão, e, em Agosto de 2012 fiquei desempregada. Estava feliz, ou, pelo menos, aliviada. Recuperei alguma sanidade mental (tenho dúvidas que algum dia tenha sido boa da cabeça) e decidi que, se queria melhores experiências para a minha vida, também tinha que ser um pouco mais selectiva e respeitar-me mais. 

A ideia é bonita, tento sempre aplicar máximas edificantes, mas a verdade é que estamos em Janeiro de 2014 e continuo desempregada. E a angústia começa a instalar-se.

Por isso o que venho pedir é simples: se souber de alguém que esteja a precisar de outro alguém para trabalhar, lembre-se de mim. Eu sei que não me conhece, a única coisa que lhe posso dizer é que trabalho honestamente, não preciso de ordenados ou cargos espectaculares. Prefiro estar nos bastidores e sou empenhada no que quer que surja, porque só quero um pouco de paz na minha vida. Para mim o meu sonho é só este: que a Sónia possa ler este mail e divulgar, se puder, este meu pedido. 

Não tenho mais ou menos capacidades do que ninguém, mas a angústia de não poder ajudar ou até dificultar a vida de quem me é mais próximo, está a dilacerar-me. A minha mãe tem vários problemas, inclusive de saúde, e queria poder ajudá-la, e é ela quem ainda me ajuda. O meu marido/companheiro, que tem trabalho, e que podia ter uma vida melhor, não tem, porque eu não estou a trabalhar e quem sabe se não terei de deixar o país. E queria ter filhos, tal como eu, mas não parece viável. Somos os dois filhos únicos e eu sempre disse que havia te ter mais que um filho, para serem mais felizes do que eu fui. Enfim...

Este país está a deixar as pessoas sem alma, sem sonhos, sem identidade. Ou pelo menos a mim. Obrigada à Sónia que ajuda como pode, não neste caso específico, pois sei que não pode fazer milagres. 

Não quero de forma alguma gerar-lhe desconforto por não poder atender-me, porque sei que não há varinhas de condão; se houvesse já eu tinha ido em busca de uma e ajudado pessoas que precisam muito mais do que eu. 

Desejo muito sucesso, pessoal e profissional.»

Ana.lemos.29@gmail.com

Alisamento

Têm-me perguntado onde faço, quanto tempo demora, como é que aguento, se resulta, se agride o cabelo, quanto custa.

Ora beeeeinnnnn. Faço no primeiro sítio onde fiz. No cabeleireiro Mime-se, na Rua das Musas, no Parque das Nações. A Silvana é um amor e eu tenho esta mania de ser fiel. Quando encontro um sítio onde me tratam bem e fazem as coisas bem feitas fico agarrada como uma lapa. Por exemplo: abriu agora um cabeleireiro low cost muito perto da minha casa, onde o alisamento é a metade do preço. Já me ocorreu lá ir mas depois penso na Silvana e no bom trabalho que ela faz no meu cabelo e não consigo. Até porque suspeito que, para ser tão barato, não haverá de certeza o mesmo trabalho e paciência que ela tem. O que acontece é que, em muitos outros sítios, se saltam etapas para despachar. E depois… a coisa não fica como deve ser.
Respondendo a perguntas práticas…

1 - Quanto tempo demora?
Costuma demorar 4 horas. Mas hoje………………….. hoje demorou 6 (SEISSS) horas. O meu cabelo está enorme e, por isso, a coisa leva mais tempo.

2 - Que horror, tanto tempo!!!!!! Como é que és capaz?
Sou capaz porque levo o computador e passo todo o tempo a trabalhar. De resto, ali é talvez dos sítios onde trabalho com mais afinco. Estou ali presa, agarrada pelos cabelos (literalmente) e, por isso, não me disperso. Se não fosse o computador e o trabalho, acreditem, seria incapaz.

3 - Exactamente o que é feito ao cabelo? Não estraga?
Escova progressiva. É aplicado  um produto sem químicos (muitos têm formol, o da Silvana não tem) e muito hidratante, mecha a mecha, até o cabelo estar totalmente impregnado com o produto. Fica a actuar não sei quanto tempo (talvez 20 minutos a meia-hora). Depois, é secado com o secador, mecha a mecha. A seguir a estar totalmente seco (com o produto), o cabelo é lavado com água fria. Por fim, todo o cabelo é seco, mecha a mecha, com a prancha. E pronto. Está feito.

4 - E vale a pena?
Então não vale? O cabelo não torna a precisar de mais nenhum cuidado. Sai do banho prontinho a usar. E liso e sem humidade e impecável. É importante usar champô sem sal e tentar não lavar todos os dias (esta parte é muito difícil para mim, que lavo desde sempre o cabelo todos os dias, porque de contrário é como se não tivesse tomado banho - passo o dia a sentir-me suja e ensonada - manias). Sempre gostei de usar o cabelo comprido mas dava muito trabalho para ficar com um aspecto de pessoa normal. Como sou pouco dada a perder tempo diário da minha vida com grandes produções, o cabelo ganhava humidade, ficava hirsuto e eu acabava por parecer uma desgrenhada.

5 - Quanto custa?
120 euros. Custa. Mas dura 3 a 4 meses. A última vez que fiz foi no início de Outubro e voltei lá agora. No entretanto… nem um chavo gasto em cabeleireiro. Acho que compensa.

Ah!

Houve quem me enviasse email a perguntar pela dieta que estou a fazer agora.
Pois bem, a resposta é: não estou a fazer dieta. Estou a comer como todos devíamos comer. Racionalmente. Ok, um bocadinho com mais restrições porque evito mesmo os hidratos (excepto o pão ao pequeno-almoço - lamento mas desse estou a ter mesmo muitas dificuldades em prescindir). Mas como bem. Como muitos legumes. Mas asso-os e ficam tão gostosos como se fossem uma daquelas coisas boas que engordam. Ontem, por exemplo, cozi duas couves portuguesas (porque amo de paixão couve portuguesa) e agora acompanho-as com quase tudo. Opto pelas carnes brancas mas se me apetecer um bife como. Opto por grelhar mas se me apetecer dar-lhe um entalão na frigideira com um fio de azeito, dou. Faço cinco refeições por dia. A meio da manhã como um queijo fresco. A meio da tarde um iogurte com sementes. Estou a tentar beber mais água (mas irrita-me a coisa de estar sempre a correr para a casa-de-banho e de me sentir a afogar-me). À noite, umas 3 vezes por semana, tento comer só sopa e mais nada.
Quer isto dizer que não estou numa sangria desatada para emagrecer. Se pudesse ser mais depressa, caraças, eu agradecia muito. Mas se não dá para ser, paciência. Vai devagar. Não se costuma dizer que devagar se vai ao longe? Pois então.

Amor é...

Estar no cabeleireiro há 4 horas (o alisamento é uma maravilha mas custaaaaaaaa) e ver o meu amor chegar, com um saco na mão. Lá dentro, uma caixinha com queijo fresco cortado às fatias e já com um pouco de sal. Um garfinho embrulhado num guardanapo. E uma maçã.

Quem quer comprar?

Uma pessoa querida, daquelas que gosta de ajudar toda a gente, mesmo quando mal tem para si própria, tem agora um negócio de venda de coisas para porem as mulheres mais bonitas.
Como não divulgar, ajudando alguém que está sempre pronto a ajudar os outros? Impossível não é? Aqui fica, então, a página dela. Façam as vossas encomendas, minhas meninas.

Eu versus eu ou a bipolaridade de uma anafada

Ora então vamos lá ver se me compreendem:
Sim, eu já fiz montes de dietas. Tantas, mas tantas que nem têm conta. Lembro-me de ser miudinha, de andar na natação de competição e de desmaiar no autocarro porque ainda só tinha comido uma maçã. Fiz a dieta da sopa, a dieta da cebola, a dieta do sumo de limão com beringela, a dieta da seiva. A dieta dos 31 dias. A dieta dos 2 dias. Fui ao Póvoas (fiquei tão magrinha, tão magrinha, mas tão acelerada como um esquilo que tivesse cheirado coca), fui ao Tallon. Fiz a dieta LEV. Fui ao Choy. Já estive inscrita em tantos ginásios que pareço uma benfeitora, a tentar salvá-los a todos: o Craque, o Super Craque, o Mega Craque, o Clube VII, o Holmes Place, o Solinca, o Club House, e outros que seguramente agora não me estou a recordar. Já fiz ginástica, já andei de bicicleta, já fiz aulas de grupo. Andei no Bootcamp. E meti-me no running.

Nunca fui obesa. Nem gorda-gorda, assim propriamente, daquelas pessoas que as outras descrevem como "não estás a ver? A Sónia, aquela… a gorda…" Acho que não. Acho que nunca fui "a gorda". Mas sempre fui anafadinha. Cheiinha. Mesmo em criança, digamos que havia uma propensão para um pneuzinho sempre ali a querer insuflar. E eu nunca gostei dele. E sempre o combati, com as armas que fui tendo à mão. Umas mais agressivas (e idiotas), outras mais soft (e lentaaaaaaszzzzzzz).

Posto isto… dizer que, desde que tenho o blogue, vocês aí desse lado já foram comendo com alguns destes números. E poderão dizer que há, na minha vida, uma linha que separa a cheiinha que gosta de comer e beber e que prefere (de longe) alapar o traseiro no sofá a movimentá-lo, da outra, que se mete a comer verdes, que corre 10 km três vezes por semana e que até consegue perder uns quilos (nunca por muito tempo). E têm toda razão. A minha vida tem sido, na verdade, isso mesmo. Um frenético oscilar entre períodos de contenção alimentar (ou mesmo fominha negra) e desregramento total, entre actividade física (por vezes intensa) e ociosidade (por vezes também intensa).

Porquê? Meus filhos, simplesmente porque a genética não é a minha melhor amiga e não me deixa comer e beber à vontadinha mantendo uma cintura de vespa. Não. A minha cintura tende a ser de um enxame inteiro mesmo quando nem abuso assim tanto. Acontece que eu gosto mesmo de abusar. E nem sequer é dos doces. É mesmo de uma boa açorda, uma feijoada, um fondue com todos os seus molhos, uma picanha com feijão e farofa. E não é beliscar um pouquinho, não é dar uma garfada e dizer que estou satisfeita, como é suposto que façam as senhoras dignas desse nome. Lastimo imensíssimo, mas eu aprecio comer e repetir e ainda ficar de olho no que sobrou (grande besta). E gosto de beber. Vinho tinto, branco, verde ou rosé (com grande destaque para o tinto e, no verão, para o rosé). Caipinhas, caipiroscas, mojitos, sangrias, champanhes, cerveja (não sou muito esquisita, só não me dêem whisky).

E perguntam vocês (no caso de ainda aí estarem, que a prosa já vai longa): em que fase te encontras tu, neste momento? Em dieta? Ou a alarvar? E em que tipo de cena maluca andas metida agora? Já rastejaste na lama com os fuzileiros (gostei tanto…), já espetaste agulhas no bucho… e agora? Qual é a tua cena agora?
Eu respondo, que não quero que vos falte nada.
Nos últimos meses do ano passado, foi um fartar vilanagem. Primeiro foi o Verão e a desculpa de que era o Verão, depois foi o Outono e a desculpa de que era o Outono, depois o Natal e a desculpa de que era o Natal. Conclusão? Uma miséria. Só não fiquei à beira da banda gástrica porque a partir de Setembro comecei a correr. Mas não emagreci, apesar de ter começado a correr bastante (até uma meia-maratona fiz), simplesmente porque continuei a comer sem cuidados.

Até que a Catarina fez um post qualquer em que mostrava o seu admirável mundo novo. E o seu admirável mundo novo era ela, ainda mais gira do que antes, magra como nunca, e com um sorriso de felicidade incrível. E eu, como qualquer anafado, quis saber o segredo. Sim, porque nós, os anafados, achamos sempre que quem emagrece tem O segredo. É como se quem emagrece tivesse descoberto a fórmula mágica que vai, finalmente, mudar a nossa vida, rapidamente e sem esforço.
A Catarina não tinha a poção. Mas tinha a força de vontade e… o Pedro. Tentei convencer-me de que também teria a força de vontade (já a tive tantas vezes) e pedi o contacto do Pedro.

Passei, então, a ter um PT.
O Pedro vem a minha casa uma vez por semana (não consigo pagar mais do que isso) e põe-me a mexer. Da primeira vez, avaliou-me. Pesou o animal, mediu as pregas (juro) com uma espécie de tenaz com centímetros. Foi triste. Ter um homem a pegar-nos nas banhas das ilíacas, da barriga e dos braços, a medi-las e a apontá-las num caderninho é um momento pouco glamoroso. Mas útil, garanto.
A minha mãe olhou para mim com aquele ar de enfado, de quem diz "pffff, mais uma invenção". O Ricardo é capaz de ter feito o mesmo, mas disfarça muito bem e faz sempre um ar interessado e convencido da minha determinação (o seu instinto de sobrevivência é feroz).

Passou um mês desde que "tenho o Pedro da Catarina". Ela tinha razão: ele é fantástico. Treino em casa ou saímos para a rua. Traz cordas, traz elásticos, traz o TRX, traz bolas de 3 kg, traz uma vara (da última vez pensei que a trazia para me dar com ela). É muito profissional e super simpático e muito querido. A vantagem? Bom, há muitas. A primeira de todas é a óbvia: ter um PT que vai a casa impede-nos de dizer: "Ah, hoje não me apetece ir…". Não temos de ir a parte nenhuma - ele aparece, toca à campainha, é só abrir. Claro que posso sempre não abrir, fazer-me de morta, assobiar para o ar e deixar o Pedro na rua… mas ainda nunca me apeteceu fazê-lo (e mesmo que apetecesse, jamais teria coragem). A segunda grande vantagem é que estou em casa. Na minha casa, no meu espaço. Quando ele se vai embora, vou logo para a banheira, daí a nada já estou a trabalhar, estou no meu ninho. A terceira vantagem é que ele está ali só para mim. Não há batota. Não posso parar um exercício a meio por ele estar distraído a olhar para outra coleguinha de esforço. Não há ali mais ninguém. Sou eu… e ele. Ou seja: sem fuga possível. Custa, mas é mais eficaz.

Passou um mês desde que voltei à alimentação cuidada. Não tenho passado fome - nem um pouco. Já fiz uma asneira (no aniversário do Martim, em que comi hidratos de carbono e bebi vinho), mas de resto tenho sido uma linda menina, e sem esforço.
O Pedro vem uma vez por semana mas marca-me mais dois exercícios para essa semana, que tenho de cumprir.
Ontem, veio pesar-me e medir-me (de novo a humilhante tenaz, credo). Tinha perdido pouco peso (1,300 kg - QUE ÓDIO!) mas 5% da massa gorda foi-se. 1,5 cm no perímetro abdominal, e 1 cm no perímetro da sacro-ilíaca. É muito irritante perder pouco peso mas ele tranquiliza-me e diz que pode acontecer e que o importante é vermos a massa gorda a ir à sua vida. E perder em centímetros tem de contar alguma coisa, até porque não andamos com o peso escrito na testa, mas as calças folgadas já fazem a sua diferença visual.

Não sei se vou ficar como a Catarina, até porque reconheço ali uma determinação que não creio encontrar em mim. Não sou assim tão louca por bagas e por sementes e não vibro assim tanto com as corridas como ela passou a vibrar. Mesmo quando corro 3 vezes por semana, o bichinho da corrida nunca se me agarrou às pernas como as lêndeas se agarram aos cabelos. Nah. Gosto de correr, sim, quando começo reconheço ali uma certa adrenalina e felicidade, mas é sempre quando termino e nunca quando começo. Saio de casa sempre zangada e a rosnar, e só sorrio quando já estou a voltar para casa. Já não é mau. Mas não é a mesma coisa que quem sai aos pulinhos, com a simples antevisão da corrida.
Por outro lado, tenho uma vida social completamente tresloucada. Não há semana nenhuma em que não jante com amigos e os meus amigos (TODOS) são gente da boa mesa, do bom vinho, e eu não tenho assim tanta vocação para me privar daquilo de que gosto muito, nem estou a prever que deixe de amar um bom bife com batatas fritas.

Isto para dizer o seguinte: estou empenhada - que estou. Estou a ver resultados - que estou. Sinto-me melhor - que sinto. Estou mais saudável - e de que maneira. Mas não quero levantar muitas ondas com isto e dizer que agora é que é, que agora é que vi a luz, que vou ficar a Gisele Bundchen, aleluia!
Vamos com calma. Um anafado é uma pessoa com altos e baixos na sua anafadice. Mais ou menos como um toxicodependente. Que deixa o vício, que recai, que volta a tentar. Há quem deixe uma vez para sempre. Há quem demore mais a livrar-se do mal. E o pior é que, no caso do toxicodependente, a droga não está assim à mão de semear. Já o gordo… está rodeado de comida por todos os lados, tipo náufrago.

Vamos ver como corre.
Quero agradecer à Catarina, que foi uma querida e é uma inspiração (mesmo que não me renda em absoluto ao leite de espelta e às chias e às gojis e à corrida desenfreada faça chuva ou faça sol).
E ao Pedro, que julgo poder vir a acompanhar-me por muitos e bons anos (porque mesmo que fique magrinha, terei sempre que contrariar a inércia e a nojenta da gravidade).

(ainda aí estão? Eh valentes!)

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