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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

A vida é linda (salvo raríssimas excepções ou quando tenho um sono do caraças)

Os pais também fazem birras. E ontem à noite eu estava com uma birra impossível. E nem sequer tinha a TPM para culpar, que não estava na época dela. Achava tudo uma trampa, o jantar, a casa, o marido, os filhos. Eu própria. A puta da vida, que habitualmente acho linda. Fiz o que se faz aos putos, quando estão com birra: meti-me na cama. Não me dei uma palmada no rabo mas não me teria feito mal nenhum. Deitei-me às 21.30. E adormeci imediatamente. Não os deitei, não vigiei a lavagem dos dentes e outras minudências de mãe. Felizmente tenho cá o pai (se não tivesse quem se lixava eram os miúdos, que iam ter de levar comigo com birra), que tratou de tudo. Adormeci até hoje, às 8h, hora a que tive de ir acordar e arranjar dois dos três filhos. Dormi muito, estava mesmo a precisar. Vou acumulando cansaço, faço duas mil coisas por dia, e acho que aguento tudo. Deito-me sempre depois da uma da manhã, acordo uns dias antes das sete, outros às oito. Faço, faço, faço. É o verbo da minha vida: fazer, fazer, fazer. Ontem foi o meu dia de birra, o dia em que o meu corpo gritou «basta!» Hoje já tudo tem outra graça. Hoje já posso dizer, como o MEC no seu novo livro que tenho absolutamente de comprar: «Como é linda a puta da vida»!

Coisas que eles dizem

Martim, na Madeira:
- Olha, olha! Aquele bar também existe lá em Lisboa!!!

(era uma placa que dizia snack-bar e ele achou que «snack bar» era o nome do bar. Tão bom...)

Madalena, acabada de chegar a Lisboa:
- Olha! Ali é a casa da Madeira!!!

(era o banco Millennium - o apartamento em que ficámos no Funchal ficava coladinho a uma dependência do Millennium)

Torneios que são maratonas que são um castigo

Definitivamente, não nasci para dona Dolores. Não são raras as vezes em que há torneios ao sábado às 8.30 da matina e eu digo aos miúdos: temos muita pena mas sábado é para dormir até mais tarde. Hoje, porém, a coisa era às 14.30 e não tive coragem de dizer que preferia mil vezes estar num café ou a passear do que sentada a ver putos a chutar numa bola. Lá fomos, para a Portela. Acontece, porém, que quando aquilo começou percebemos que, entre jogar uma equipa e jogar outra e jogarem todas, o belo do torneio iria demorar 3 horas. TRÊS HORAS???? E o meu feriado??????? Socorrooooooooooo! Principiei a panicar, em seguida a convulsionar. A Madalena, ao fim de um bocado, estava fartinha e a fazer toda a sorte de asneiras. Foi então que dissémos ao Manel: temos muita pena mas vamos andando. Daqui a bocado voltamos. O pai de um amigo até nos disse para irmos descansadinhos, que ele levava o Manel a casa. Um querido. Conclusão: daí a nada estávamos postos em sossego no Pão de Canela, o nosso spot preferido. Madazinha a brincar no Canelinha, Martim com ela... nós em silêncio. Aaaaaaaaaah...
Chegámos às 18h ao campo e a sequência de jogos tinha acabado de terminar. A equipa do meu rapaz (que também não nasceu para Ronaldo) ficou em segundo lugar. Ele jogou imenso e estava nas sete quintas. E assim se contentou uma família inteira. A sério: já basta a loucura em que ando toda a semana, a ir levar, a ir buscar, à escola, ao futebol, à guitarra, e ao catorze. Aos fins-de-semana e feriados ao menos que possa sossegar o esqueleto.
E vocês? Também têm destes números? E cumprem tudo, escrupulosamente? São mães exemplares? Vá, humilhem-me com a vossa perfeição! :)

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