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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Feliz 2013!

E antes que as festividades me engulam... desejo a todos um Feliz 2013. Apesar da crise, apesar da troika, apesar da austeridade e da austeridade e também, agora me lembro, da austeridade. Apesar do Governo que temos e do que tivémos. Apesar de tudo com que nos acenam para o novo ano, como se de bandeiras negras se tratassem, como se desejassem que nos barricássemos em casa, sem ânimo nem forças para receber o que aí vem. Apesar de tudo, tenciono brindar a 2013 como se nada fosse, como se se tratasse de outro ano qualquer, como se tivesse tudo para ser brilhante, perfeito, feliz. Dizem que basta acreditar. Eu não acredito que baste. Mas acredito que ajuda muito. Por isso, vem daí, 2013! Cá estaremos para te receber!


Paciência para 2013

Ontem não tive paciência. Não tive, pronto. Estava com dores no corpo, moída, aflita porque tinha uma pontada do lado direito que começou em plena corrida e teimava em não me largar, cheia de tonturas a ponto de não conseguir andar em frente. E, assim neste estado, não fui nada boa mãe. Resmunguei, rosnei, ralhei, respondi com brusquidão e sem paciência. E dormi mal, claro está, molestada pela culpa de pensar que eles, coitados, não tinham culpa nenhuma. E que isto de ser mãe é uma obra em permanente construção, sem fim, uma verdadeira obra de Santa Engrácia. Uns dias achamos que fomos o melhor dos construtores, outros dias sentimos que não avançámos nada, pelo contrário, andámos a remover tijolos da obra e a parti-los em bocados. Assim sendo, e uma vez que se aproxima a passos largos um ano novinho em folha para sonhar com perfeições, o meu maior desejo para 2013 é que a paciência me inunde os dias, me invada as veias, me tome a alma. E que a minha obra conheça mais avanços que recuos, mais tijolos firmemente colocados do que removidos, mais amor feito cimento do que falta de paciência feita embargo.

Sozinhos em casa

Ontem, antes de irmos para a São Silvestre, fomos deixar as adoráveis criancinhas em casa de uns amigos. Já estavam para lá ir dormir há uns tempos mas nunca mais se tinha proporcionado. Foi ontem. O convite era para os dois rapazes mas pequena Mada, mal percebeu que se estava a combinar uma noitada fora de casa, disse logo: «Eu também quero! Eu quero dormir com o Francisco!» Bem se vê que temos jeitosa no pedaço. Avisei os nossos amigos, que também têm três filhos, que iam ficar com seis miúdos em casa. Eles devem ter rezado um bocadinho, e pelos vistos deu certo porque a noite correu que foi uma maravilha. Pequena Madalena não acordou a meio da noite a querer a mãezinha, poupando-nos a passeatas pela cidade madrugada dentro para a ir resgatar, de maneira que depois da corrida viemos para casa, tomámos banho, e tivemos uma noite impecável, a dois.
Obrigada, amigos.
Agora é a nossa vez!

Graçola na São Silvestre

Quando chegou ao final da prova, o meu gajo diz que se sentia a morrer. Tossia por todo o lado, tinha muita vontade de vomitar, e quando um amigo o encontrou nem conseguiu trocar duas palavras com ele. Estava o homem nisto, todo aflito para respirar, quando uma rapariga se ajoelhou aos seus pés. Diz o engraçadinho que pensou: «Olha, queres ver que isto é um prémio especial por ter feito um bom tempo? Mas também não foi assim um tempo tão bom...» Olhou para baixo, com cara de espanto (e contentinho com a ideia, imagino), quando a rapariga explicou: «Vou só tirar o chip» (para quem não sabe, a malta nas corridas leva um chip nos ténis). O espirituoso respondeu, supostamente aliviado: «Ah! Ok, ok.»

Parvalhão.

São Silvestre

Ora então. Não ia nada convencida. Tenho feito exercício, é certo, mas pouca corrida. Desde aquele dia em que me esbardalhei que voltei a ganhar medo (passo a vida com medo de cair) e parei um bocado. E, já se sabe, quando se pára, o difícil é retomar. Depois houve os jantares de Natal e o Natal propriamente dito e mais isto e aquilo, que a malta cá em casa gosta sempre de aproveitar para a rambóia. Na véspera da São Silvestre fomos para os fados. Deitámo-nos tarde. Almoçámos massas (como os atletas a sério - ahahahah) mas em vez de termos almoçado até 3 horas antes, não, foi uma hora antes - liiiindo! Claro que comemos pouco mas ainda assim são muitas parvoíces juntas. Não ia, por isso, com fé de conseguir, sequer, chegar ao fim. Já tinha feito a São Silvestre e sei que é uma prova lixadíssima. Ainda por cima este ano a subida não se limitou à Avenida da Liberdade (que já é a p*t* da loucura), este ano era sempre a subir até ao Saldanha! Credo.
Comecei cheia de gás. Tanto gás que, ao fim de 2 km, estava morta. Tinha uma dor de burro que me apanhava todo o lado direito, e sentia-me a falecer. Foi então que disse ao homem, ali perto de Santa Apolónia: «Vai, vai, faz-te à vida, que esta aqui vai ter de abrandar». Ele foi. E eu parei. Respirei fundo, caminhei um bocado, achei que estava acabada. Quando cheguei ao Terreiro do Paço, consegui voltar a correr.
A subida da Avenida foi um martírio. Aquilo nunca mais acabaaaaa. Depois, chegada ao Marquês, em vez de ter a alegria de descer a Avenida não... olhei para a subida que me esperava e pensei que o Fontes Pereira de Melo era um sádico. Curiosamente, dei-lhe com alma na subida e, quando já estava quase a chegar ao Saldanha, vi o meu homem já a descer. Acenei-lhe e acho que consegui gritar «Força aí, pá!» mas depois foi um vê se te avias para recuperar a respiração outra vez. Quando comecei a descer acelerei que nem uma doida. Passei não sei quantos, com uma gáspia maluca, mas sempre a levantar bem as patas porque uma queda a descer e com o turbo ligado podia ter-me valido os dentinhos da frente todos. Quando cheguei ao Marquês estava outra vez com aquela dor do lado direito. Intensa e chata. Olhei para a avenida da Liberdade, tão comprida, e pensei: «Ai, filha, que ainda tens tanto que palmilhar». Esqueci a dor, dei corda aos ténis e lá fui eu. Sensivelmente a meio da avenida, vi a prima Cristina com o Vasquinho ao colo. Começou aos saltos e a dar força e juro que até me emocionei. Eu sentia-me tão morta, tão morta que aquele aceno foi um bálsamo.
Cheguei à meta feita num oito. Com vontade de vomitar e de chorar, tudo ao mesmo tempo. Eu sei que são só 10 km, que há por aí gente a correr meias maratonas e maratonas e o diabo, mas para mim 10 km ainda é muito. Sobretudo com duas subidas deste calibre, eu que corro sempre a direito na Expo. Na meta, encontrei o meu homem, ainda arfante mas já sorridente. Ele fez 01:02:46, tempo de chip (01:04:06), eu fiz 01:06:38, tempo de chip (01:07:59 tempo oficial). E pronto. Assim foi. Agora tenho mesmo de ver se continuo. Porque estou farta de fazer sempre mais de uma hora. E quero ver se nos próximos 10km consigo fazer menos que isso. Vamos ver.

São Silvestre here we go!

Aqui os jeitosos foram para os fados. Comeram bem, beberam bem e deitaram-se às duas da matina. E agora vão rebolar-se para a Corrida de São Silvestre onde farão o tempo mais ridículo (ou mesmo "redículo", que é pior que ridículo) da história das corridas de 10km. Ai, ai. A ver se, pelo menos, consigo chegar ao fim sem me esbardalhar.

Adenda ao post anterior

Acabo de ser informada de que os Hotéis Real decidiram fazer uma última boa acção de final do ano! É que a Inês tem 3 crianças, e o passatempo só contemplava duas. A Inês teria de pagar pela terceira. Mas os Hotéis Real decidiram oferecer a estadia da terceira criança! E eu fico mesmo contente com isso!
Obrigada! :)

Passatempo Fim de Ano no Grande Real Santa Eulália: o resultado

Quem venceu este fantástico passatempo foi... a Inês Alves! Podem ver o vídeo AQUI.
Relembro que a Inês vai com a família para o Algarve, mais concretamente para Albufeira, para o Grande Real Santa Eulália Hotel & Spa, e o pacote de oferta inclui: o Welcome drink; o Jantar Buffet de Gala com animação, o Show pirotécnico na Praia de Santa Eulália e a ceia. Tudo acompanhado com música ao vivo ou Dance Music na discoteca Le Club. Os mais pequenos não foram esquecidos e as crianças entre os 3 e os 12 anos terão a companhia de animação infantil durante o jantar. O quarto onde a família passará a noite será uma Resort Suite T1 com direito a pequeno-almoço no dia 1 de Janeiro.
PARABÉNS! E feliz 2013!!!






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