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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Namoro pegado

Não há nada como um fim-de-semana de 3 dias. Estamos todos a delirar. A chuva lá fora, nós cá dentro, a casa de pantanas mas cheia de beijinhos e abracinhos e cheiro a bolos a invadir assoalhadas. Conversinha pirosa e nojentona e lamechas, certo? Eu sei. Também acho. E no entanto não consigo fartar-me deste namoro pegado. Um fim-de-semana de 3 dias deve ser aquilo de que o país menos precisa. Mas a nós sabe-nos que nem ginjas.

P.D.I.

A cocó anda a fazer jus ao nome e anda uma verdadeira trampa. Ou é o estômago, ou é o joelho, ou são as costas, ou é a cabeça. Na sexta-feira foi a vez da cabeça. Dores fortes, tão fortes que não conseguia ver luz nem ouvir sons nem cheirar coisa nenhuma. Dores tão fortes que, pela primeira vez num ano de freelance, não me sentei ao computador para trabalhar mas deitei-me ora no sofá ora na cama, e só me consegui arrastar até ao ATL O Urso, para entrevistar crianças, porque não tinha material nenhum para a próxima semana do Portugal dos Pequeninos e a noção de responsabilidade que a minha mãe me incutiu obriga-me a não falhar, nem que esteja a morrer. Fui lá, fiz as perguntas, aguentei a náusea e voltei para a cama. Às 19h não aguentei mais. Liguei à Cris, perguntei se me podia levar ao hospital, porque eu sozinha não tinha forças nem para ir de carro nem para ir a pé. Parte dos meus filhos estava na avó materna, a outra parte estava na avó paterna e o pai a trabalhar, de maneira que foi a querida Cris que veio a voar do supermercado para me transportar até à urgência. O médico perguntou se a luz me feria o olhar, percebendo que sim pelos meus olhos semicerrados. Perguntou se o som me incomodava, topando o quão baixo falava. E diagnosticou uma enxaqueca para a qual me receitou uma dose cavalar de medicamentos intravenosos, e ali fiquei eu, de olhos fechados por não aguentar a luz da sala de tratamentos, a receber dois sacos de líquidos-bomba e mais um comprimido. E daí a duas horas já era outra, capaz de falar e ouvir e cheirar e olhar o mundo outra vez.
O médico marcou uma consulta num neurologista, de modo que entre o gastroenterologista e o otorrino mais o ortopedista, irei ser vista dos pés à cabeça por médicos de várias especialidades, o que, das duas uma: ou sossega o meu espírito hipocrondríaco ou detecta de vez uma doença terrível que me vai levar desta para melhor.

Time Out

A Time Out venceu o concurso público para a concessão da exploração do Mercado da Ribeira e eu estou orgulhosíssima deles. Uma equipa tão pequenina que tem feito coisas tão boas, a começar pela própria revista, e sem esquecer as (inesquecíveis) festas de aniversário. Agora conquistam o Mercado da Ribeira, tão grande (5500 metros quadrados), e vão explorá-lo e fazer dele uma espécie de "revista em três dimensões". Lá dentro, haverá legumes ao lado de um restaurante, um bar e uma discoteca, uma academia com cursos, um espaço de informação e turismo, um food court, e ainda uma esplanada e um quiosque na Praça D. Luís I.
Tudo isto em plena crise, tudo borrado de medo do FMI, esse papão enorme e feio, búuuuuu, tudo agarrado às carteirinhas, a tremer de medo, qual investir qual quê, e os gajos a bombar.
São ou não são os maiores?
Eu cá acho que são.
E desejo-lhes as maiores felicidades. Caramba! É como um filho que se viu nascer ser convidado para o MIT ou coisa assim. Um orgulho, pá.

Maluquinha do desporto

O meu joelho está melhor mas hoje não vou correr, com muita pena minha. De qualquer modo, a maluquice da corrida está de tal modo a assolar-me que hoje fui fazer uma entrevista em Belém, mesmo ao lado do Museu da Electricidade, e decidi ir a pé até onde me apetecesse (a vontade que tinha era de ir até casa a pé). No Cais do Sodré apanhei um táxi, não por estar muito cansada, mas porque achei que o meu joelho talvez se vingasse mais tarde. Soube-me bem. Andar a pé permite ver coisas, ver gente, descobrir histórias, e permite sobretudo pensar, ter ideias, organizar projectos, estar sozinha, sem interrupções. Bom mesmo. Daqui a nada, rapaziada em casa, barulho a dar com um pau, desordem e gritaria. Também é bom, noutro registo.

Tosta mista

Hoje comecei o dia a sentir-me uma tosta mista.
A prensa esmagou-me primeiro a mama esquerda, depois a direita. A técnica viu, depois, no ecrã, e apontou para uma mancha escura. Pediu-me para repetir. O meu coração acelerou. Depois disse-me para aguardar um pouco, que o doutor já chamava. Pensei que me chamasse para discutir o que viram. Aguardei. Um nervoso parvo começou a crescer. Ouvi o meu nome, entrei.
- Dispa-se da cintura para cima que já a chamamos.
Aí, sim, o coração disparou. Mandaram-me deitar numa maca e percebi que iam fazer ecografia. Pronto. Já foste. A mancha é suspeita e vão vê-la melhor. Tenho de ser valente. Depois, o médico chegou, simpático. Fez a ecografia enquanto falou de coisas que sabe sobre o Governo. E até me deu uma grande dica para uma reportagem. Mas mesmo boa, tão boa que até me esqueci do medo. No final, disse-me que podia ir, estava tudo bem. Afinal, fazem sempre uma eco no final e eu não sabia.
Hoje comecei o dia a sentir-me uma tosta mista. Prensada e tostada. Já passou.
(E vocês? Têm ido ver as maminhas? Vão!)

OE: Orçamento Esfumou-se

E pronto. Não temos orçamento. Governo e PSD não se entenderam. E eu, que tenho andado a fazer de conta que esta crise e as medidas de austeridade e os aumentos dos impostos e de apertos vários não estão realmente a acontecer, para não me acagaçar tanto que fique tolhida, estou a começar a imaginar senhas de racionamento, 1 pacotinho de leite para cada cidadão, 2 carcaças e já gozas, uma garrafa de azeite e nada de deitar à bruta que isso é para durar 3 meses.

Coisa boa

Uma das coisas melhores da minha vida é, de vez em quando, ir buscar um dos meus filhos à escola para almoçarmos juntos. Na semana passada fui buscar o Martim. Esta semana foi o Manel. É bom ter tempo para eles, sozinhos, enquanto indivíduos e não apenas enquanto "rebanho". É bom falar a linguagem de cada um, sem ter de nivelar por baixo. É bom dedicar-lhes aquela hora e meia, duas horas, como se fossem filhos únicos. Sem interferências, sem choros dos outros, pedidos de atenção.
Esta foi uma das coisas boas da minha vida de freelancer. Só uma delas. E são tantas.

Lesão, ah pois é, se te deixasses estar no sofá nada disto acontecia

As pessoas muito ocupadas - que se insurgem contra a tamanha desfaçatez que eu e as minhas amigas temos por corrermos e essas parvoíces - é que sabem! Elas é que sabem. Ontem fui correr (6 quilómetros). Estava à rasca de um joelho mas insisti. Coxeei nos primeiros minutos mas esperei que aquecesse para passar. E passou. O pior foi quando parei. O joelho aqueceu, aqueceu, inchou, inchou. E pôr o pé no chão? Nada.
Hoje estou melhor mas continuo a gelo e voltarene.
Quem é que me manda andar armada em desportista? Ah pois. É bem feita que é para aprender. A ver se me alapo no sofá, para não ser estúpida.

Gru o Maldisposto

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Não é uma daquelas obras-primas da Pixar, mas gostámos muito. E não me lembro (provavelmente porque sou uma totó desmemoriada) de um filme infantil em que o vilão se transmutasse numa boa alma, num paizão querido. Que coisa mais querida, três meninas órfãs a derreterem o coração do Gru. E as criaturinhas amarelas? O que eu me ri com aqueles bicharocos. Maravilha!

Aumento da massa muscular

Há por aí algum pro das corridas que me saiba dizer se é normal aumentar 700 gramas (setecentos gramas, senhores!!!!) por correr 10 km? É normal??? Ganhei assim taaaanta massa muscular? É que eu acordei hoje com mais 700 gramas do que ontem de manhã. E comi o mesminho de sempre. E hoje é dia de pesagem! A doutora Anabela Staiss, da Clínica Pedro Choy, vai ficar desapontadíssima. E eu aqui a portar-me tão bem...

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