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Cocó na fralda

Cocó na Fralda

Peripécias, pilhérias e parvoíces de meia dúzia de alminhas (e um cão).

Feliz Natal!

A todos os que gostam de cá vir e aos que não gostam também, que isso é que é espírito natalício. Muitos presentes no sapatinho, muita saúde (que é mesmo o que importa mais), rabanadas e abraços bons em família.
Façam-me o favor de serem felizes.
(Os rapazes ficaram mesmo contentes!)

Sonhos perto da mão

A associação Terra dos Sonhos realiza sonhos de crianças com doenças crónicas e em fase terminal. No site há sonhos ainda por concretizar. E há alguns tão simples, como ir ao Portugal dos Pequenitos, em Coimbra. Fica o apelo: este Natal, ajude a realizar um sonho de um destes meninos. Porque Um Sorriso Vale Tudo. Acreditem: eu vi dez destas crianças a sorrir, durante cinco dias, na Lapónia. E vale mesmo tudo. Já que não podemos dar-lhes o que é mais importante, que é a saúde.

Para já, estou safa de dois voos

Depois de engolir em seco várias vezes, de me despedir dos meus filhos enquanto dormiam, e de abraçar muito o meu homem, toda mariquinhas, saí para o aeroporto, e cheguei lá às 6.30 da manhã. O grupo é muito giro, crianças entre os 7 e os 11 anos, com doenças diversas mas graves, que vão agora realizar o sonho de ir à Terra do Pai Natal. A iniciativa é da belíssima associação Terra dos Sonhos, que existe para cumprir os desejos das crianças que, se Deus existisse, não podiam estar tão doentes (vá, escrevam a chamar-me herege nojenta, a ver se eu me ralo. A verdade pura e crua é esta: que Deus pode ser esse que deixa meninos e meninas sem cabelo, pestanas e sobrancelhas, que Deus é esse que os obriga a ter cateteres e queimaduras no corpo dos tratamentos, que Deus é esse que tantas vezes os deixa morrer?).
Depois de 4 horas de um primeiro voo, mais uma hora e tal de um segundo voo, estou para já safa de me estatelar de avião. Quinta-feira é o regresso e a ver vamos (mas a continuar a maldizer Deus, acho que estou mesmo a pedi-las).
Agora estou no hotel a escrever a crónica que amanhã às 10.20 há-de passar na Antena 1. Tenho sono, dói-me o corpo, mas tenho de ir bulir. Amanhã vamos andar de trenó puxado por renas. Depois volto, para fazer o relato. Obrigada a todos e todas que me fizeram sentir menos neurótica.

Deixei uma coisa ao lume, não vou poder ir, adeus

No domingo, se não houver nenhum revés, vou voar. Vou para a Lapónia.
É um dois em um e, no entanto, não estou feliz. Vou viajar, que é uma das coisas que mais gosto de fazer, e vou em reportagem, coisa que gosto tanto ou mais que a anterior. E, no entanto, tenho aqui na garganta um nó. Digam-me, por favor, que também vos passou a custar horrores andar de avião, deixando as crias para trás. Digam-me que pensam em deixar cartinhas escritas, para o caso daquela merda de empandeirar cá em baixo, fazendo manchetes de jornais e funerais tristes-tristes. Digam-me por favor que esta dor que tenho dentro do peito é normal e que também já tiveram vontade de não ir, de virar as costas e dizer: Ah, lembra-me agora que deixei uma coisa ao lume, que desagradável, não vou poder ir, adeus, adeus. Digam-me, descansem-me, façam-me sentir um pouco menos neurótica, por favor. É que suspiro o dia todo, e de noite acordo e não durmo, e olho para os meus meninos como se fossem os derradeiros olhares e estou a dar em maluca, olha que porra esta, eu a independente, a jornalista que vai aos sítios e propõe e tem a mania que é autónoma e voa e o caraças. Digam-me que não é só o meu signo, escorpião-nojento, que me faz ter esta tendência mórbida e fúnebre, digam-me que não são só as hormonas, que a verdade é que isto já me aconteceu antes, ter um ataque de pânico no aeroporto e o fotógrafo que ia comigo à rasca, Então pá? Ficas-te ou quê?, Queres um copo de água? Isso é um ataque de asma? Um ataque cardíaco? Queres que chame alguém? Quero!!! Quero que chames os meus filhos e lhes digas para se virem agarrar às minhas pernas a implorar para eu não ir, que eu assim não vou, e pronto, acaba-se esta merda desta ansiedade horrível, um avião é uma coisa demasiado grande e pesada para voar, e ainda há dois anos tinha uma colega do lado, no Diário de Notícias, que vi dizer "Adeus, pessoal! Roam-se de inveja, que eu já volto" e que afinal não voltou, porque o cabrão do avião decidiu afocinhar de encontro ao chão, e eu lembro-me bem do sofrimento que foi, e tenho o azar de o sítio para onde ela foi rimar com o sítio para onde eu vou, sim, merda, é verdade, Patagónia rima desgraçadamente com Lapónia, e eu estou à beira de um colapso cardíaco, e falta-me o ar, e choro, choro, choro a ouvir o Carlos Paião e a puta da cegonha, e é isto.

(Mais) Um grande post

Esta miúda é minha amiga. Há anos. Ui. Quantos? 12. Doze aninhos. E escreve tão bem, tão bem. Este texto fez-me rir. Rir alto. Ela tem tanta razão, tanta! Sabíamos lá nós! Se soubessemos tínhamos sido assim tão burras?
Muito bom, Maria João! És grande. E o que dizes é exactamente o que eu penso. Manda passear os que te dizem isso. P*** que os pariu.

Depois do Tabasco, o Primperam é o meu melhor amigo

Qual Nausef, qual carapuça!
O Nausef, a mim, faz o mesmo que nada.
O Primperam é que é! Mas tem de ser 3 vezes ao dia. Antes do pequeno-almoço, antes do almoço e antes do jantar. Sem ele, sanita. Com ele aguento-me. Mas tem de ser tomado nas horas certas. Por exemplo, no outro dia tomei o último às 17 horas e às 23 já estava abraçada à sanita outra vez.
Gostei muito do comentário que uma mãe me deixou, a dizer que se estiver grávida de uma menina lhe vai chamar Madalena, uma boa homenagem à sua sanita, de marca Madalena! Ahahahah!
Estou feita. Tenho de chamar Valadares ao meu filho!